Covid-19: Ações do Uniptan e da UFSJ no combate à pandemia


Saúde

Da redação 0

Momento da entrega das doações do Uniptan a entidades de saúde.

Novos equipamentos de proteção individual (EPIs) foram doados, em 25 de maio, às instituições de saúde de São João del-Rei pelo Centro Universitário Presidente Tancredo Neves (UNIPTAN). No total, 35 mil gorros descartáveis, 9.550 pares de luvas de procedimento, 450 máscaras Face Shield e 950 máscaras cirúrgicas. Os produtos serão encaminhados ao Hospital Nossa Senhora das Mercês, Santa Casa de Misericórdia, Secretaria de Saúde e também ao serviço do SAMU.

A doação reforça a parceria entre UNIPTAN, hospitais e prefeitura, disse a reitora Maria Tereza Gomes de Almeida. “Como instituição parte do maior grupo de educação médica do país, a Afya Educacional, estamos engajados desde as primeiras notícias sobre a Covid-19.” Este engajamento inclui alunos, professores, colaboradores e a comunidade. “Em um momento de tamanho desafio, nossa responsabilidade como instituição de ensino vocacionada para a Medicina é enorme e vamos vencer juntos esta batalha”, acrescentou.

O secretário de saúde de São João Del Rei, José Marcos Ferreira de Andrade, ressaltou as dificuldades em adquirir esses materiais porque “os preços triplicaram”, daí a importância da doação. “Possuímos uma parceria muito forte com o Uniptan e isso vai nos ajudar a atender melhor a nossa população.”

Para o diretor-executivo do Hospital Nossa Senhora das Mercês, Ricardo Rocha Camarano, a doação chega num momento muito importante. “Essa doação vai colaborar muito para o tratamento das pessoas infectadas pelo Covid-19 na cidade.”

Semana da enfermagem

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, a profissão de enfermeiro foi tema da Semana de Enfermagem da UFSJ, que reuniu mais de 900 pessoas entre profissionais do setor, docentes de universidades, SAMU e até uma palestrante portuguesa em videoconferência realizada, entre os dias 18 e 22 de maio, no Campus Centro-Oeste Dona Lindu, em Divinópolis.

O evento superou as expectativas da organização, tanto pela audiência quanto pela qualidade do debate, de acordo com a professora Alba Otoni, do curso de Enfermagem da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). “O uso da tecnologia nos permitiu trazer experiências variadas e alto nível intelectual.”

Transmitida pela Plataforma Zoom, a programação contou com 12 palestras, cujos temas abrangeram diversos aspectos do exercício da profissão durante a pandemia (técnicos, trabalhistas ou filosóficos). Entre eles, “Testes diagnósticos para Covid-19”.

Do ponto de vista emocional, Alba descreveu, em sua palestra, o quadro de extremo desgaste enfrentado pelos profissionais. “Não há como sair dessa pandemia sem as marcas de quem enfrentou uma guerra.” Em outra palestra, o professor Richardson Machado (UFSJ) tratou da síndrome do esgotamento profissional (de Burnout) entre enfermeiros e enfermeiras na quarentena.

Entre os desafios da profissão em meio à pandemia, Alba Otoni destaca as condições de trabalho (oferta de EPIs, carga horária excessiva e baixa remuneração). “Lidamos inclusive com profissionais que recebem um salário mínimo por uma jornada de 12 horas, em que cuidam de 14 pessoas.” A questão da precariedade vai além da pandemia. “Há muito tempo que se dorme no chão, há muito tempo que se tem que trabalhar em muitos empregos para alcançar um mínimo de condições de vida digna.”

Deve-se considerar ainda a pressão psicológica forçada pelas circunstâncias, envolvendo, por exemplo, o medo de perder um paciente e de se contaminar ou à sua família. Para evitar o desgaste emocional, o professor Alexandre Ernesto sugeriu que, nos momentos de descanso, cada um se dedique ao que lhe faz bem. “Ouvir música, estar com seus familiares quando possível, praticar a sua religiosidade, dançar, fazer exercício físico para se afastar da pressão e do medo do dia a dia.”

Comitê da UFSJ

Os objetivos, a composição e as estratégias de atuação do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 UFSJ foram definidos, em duas reuniões on-line realizadas desde o dia 15 de maio, pela Reitoria da Universidade. O comitê conta com representantes dos segmentos docente, técnico e discente, devendo reunir-se semanalmente às sexta-feiras. “Como representação consultiva pelo tempo que durar a crise pandêmica, nosso trabalho será o de integrar interlocuções”, explica a vice-reitora Rosy Maciel, que está à frente do comitê.

Nesse sentido, está sendo realizado o diagnóstico da situação da pandemia nos municípios onde estão localizados os campi da UFSJ, incluindo o entorno, a fim de informar a comunidade acadêmica e a sociedade sobre projetos desenvolvidos para apoiar demandas das autoridades de saúde. É também objetivo do comitê a elaboração de procedimentos sanitários que possibilitem o retorno às atividades acadêmicas e administrativas de forma segura, quando for possível.

Fonte: Comunicação do Uniptan e da UFSJ

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