Atualizado em 02/04/2019
O Brasil celebra, em 21 de abril, o aniversário da morte por enforcamento do inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, de apelido Tiradentes. A Inconfidência Mineira foi um dos primeiros movimentos organizados em território brasileiro para conquistar a independência em relação a Portugal.
Em Ritápolis, uma cavalgada marcará o dia 21 de abril, com saída da Praça Tiradentes, no centro de Ritápolis. O trajeto passa pelo Dutra, Prainha, Alto do Hélio do Ziquita e Morro Vermelho em direção ao Pombal.
Berço do heroi nacional Tiradentes, as ruínas da Fazenda do Pombal tornaram-se parte parte da Floresta Nacional de Ritápolis (FLONA), que completa 20 anos em 2019. A cidade de Ritápolis, com população de aproximadamente 4.925 habitantes, está a 14 km de São João del-Rei e 200 km de Belo Horizonte.
A origem da fazenda remonta ao ano de 1718, quando os bandeirantes a usavam como ponto de parada em suas incursões pelos sertões de Minas. Consta que em 1746 a propriedade possuía uma área de 900 alqueires, produzia açúcar e ouro, e dispunha de 35 escravos em sua sede.
A casa era de dois andares: a parte superior era usada como residência; a inferior, como depósito de ferramentas, oficina de ferreiro, senzala e engenho de produção de açúcar. As ruínas foram tombadas em 1971 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), tornando-se oficialmente patrimônio histórico nacional. Atualmente, o local é a sede da Floresta Nacional de Ritápolis, com área de mais de 89 hectares.
Reserva biológica
O sítio histórico é considerado uma reserva biológica com o bioma típico da mata atlântica. O trabalho de preservação do local é feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
Além de manter a floresta preservada (proteger o patrimônio natural), a ICMBio também disponibiliza técnicos na Fazenda do Pombal, que realizam um trabalho de educação ambiental com os visitantes visando promover o desenvolvimento sustentável. Mantém um viveiro com estoque de cerca de 100 mil mudas, com quase 400 diferentes espécies entre nativas, ornamentais e medicinais, em sua maioria nativas da região. Também produz plantas ornamentais.
Coberta em sua maior parte por vegetação natural, a floresta é um refúgio da vida animal e de proteção da flora, da fauna e dos mananciais hídricos. Diversas espécies de mamíferos (algumas ameaçadas de extinção) vivem na mata nativa, tais como tatus, raposas, tamanduás, capivaras, lontras e lobos-guarás.
A floresta encontra-se aberta ao público, gratuitamente, em dias úteis.
Fontes: Luiz Carlos Fonseca (Prefeitura Municipal de Ritápolis) e https://preexistencias.blogspot.com/2013/03/VideoRuinasPombal.html