A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou o Diagnóstico de Pessoas Desaparecidas e Localizadas nas Regiões Integradas de Segurança Pública do Estado, no período de 2020 a 2022. De acordo com o estudo, no período, foram registrados 20.461 desaparecimentos em território mineiro.
Resende Costa não registrou desaparecimento no período. No entanto, em 2020, foi localizada uma pessoa no município. Além de Resende Costa, das 57 cidades da 13ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), com sede em Barbacena, outras duas não registraram ocorrências de desaparecimento: Porto Firme e Senhora de Oliveira.
Em São João del-Rei, foram registrados 42 desaparecimentos. Sendo 15 em 2020, 14 em 2021 e 13 em 2022. Também foram localizadas 28 pessoas na cidade: 12 em 2020, 7 em 2021 e 9 em 2022. Os dados colocam São João del-Rei no quarto lugar entre as cidades com maior número de desaparecimentos dentre os municípios atendidos pela 13ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), atrás de Conselheiro Lafaiete, Barbacena e Congonhas.
Já em Tiradentes, foram registrados quatro desaparecimentos ao longo dos três anos, e cinco pessoas foram localizadas na cidade histórica. Em Santa Cruz de Minas, foram quatro registros de pessoas desaparecidas e três localizadas. Em Lagoa Dourada, foram registrados dois desaparecimentos. Na cidade de Prados, foram contabilizados dois desaparecimentos e duas localizações.
De acordo com a Polícia Civil, considera-se que uma pessoa se encontra desaparecida quando se observa uma mudança em seus costumes rotineiros. Assim, por exemplo, se uma pessoa tem por hábito chegar diariamente do trabalho às 18h, mas não chegou no horário de costume, não atende ligações e não foi vista por ninguém, o desaparecimento já está configurado. Cumpre ressaltar que não existe um prazo para a confirmação do desaparecimento e, portanto, não é necessário aguardar qualquer lapso temporal para comparecer a uma unidade policial e registrar a ocorrência. A agilidade nos casos de desaparecimento de pessoas, inclusive, é um fator crucial para a preservação de possíveis vestígios e a localização do desaparecido.
O relatório ainda aponta que há maior incidência de desaparecimentos de pessoas com o seguinte perfil: sexo masculino (64,43%); adultos (64,70%); que se declaram pardas (46,71%); e que, em relação à escolaridade, não concluíram o ensino superior (32,21%).
Os dados contemplam os registros feitos pela Polícia Civil, Policia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER), Polícia Rodoviária Federal, Sistema Prisional e Sistema Socioeducativo.
Entre as principais motivações para o desaparecimento estão: dívida financeira, interdição judicial, histórico de depressão, conflito familiar, uso de substância tóxica, uso de bebida alcoólica, primeira ausência e uso de medicamento controlado.