São Tiago torna-se a “Capital Mineira do Café com Biscoito”


Cultura

José Venâncio de Resende0

Forno na praça à espera dos turistas (foto: divulgação).

São Tiago é oficialmente a “Capital Mineira do Café com Biscoito”. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sancionou no dia 17 de setembro a lei estadual que confere esse título ao município, a partir de iniciativa do deputado estadual Cristiano Silveira. É o reconhecimento desse importante aspecto cultural e da vocação econômica da cidade, que impulsionam a imagem municipal e a geração de emprego e renda, segundo justificou o parlamentar.

O título vem somar ao selo de procedência geográfica (de 2012) e à rota turística Caminhos de São Tiago, cujo município é o ponto de chegada, comemora Bruno Henrique dos Santos, secretário municipal de Cultura, Turismo e Lazer. “Esse título vem fortalecer ainda mais a nossa posição no cenário estadual e nacional, como cidade-polo na produção de biscoito artesanal.”

A indústria é o carro-chefe da economia local, empregando cerca de três mil pessoas, direta e indiretamente, acrescenta Bruno. “São Tiago já exporta biscoito para vários estados, como São Paulo, Rio, Espírito Santo, Bahia e Paraná. E alguns produtores já fizeram contato para comercializar biscoito no Paraguai.” Além disso, a Festa do Café com Biscoito, prejudicada  temporariamente pela pandemia (foi apenas virtual em 2020 e 2021), recebe mais de 100 mil pessoas em períodos normais.

“Com certeza, este título vai divulgar mais os nossos biscoitos”, concorda Eduardo Custódio Rodrigues Parreiras, da Associação São-tiaguense dos Produtores de Biscoito (ASSABISCOITO). A produção não foi muito prejudicada pela pandemia por integrar um setor essencial que é o alimentício, acrescenta. Porém a indústria de biscoito sofre com “aumentos abusivos” nos preços das matérias-primas, que “não conseguimos repassar aos consumidores”, alerta. Em algumas mercadorias, como margarina, gordura hidrogenada e embalagens, o aumento chegou a 60%, acrescenta.

Campo das Vertentes

Cristiano Silveira é também autor da Lei 23.509/2019, que concedeu a Lagoa Dourada o título de Capital Estadual do Rocambole, e da Lei 23.770/2020, que reconhece Resende Costa como Capital Estadual do Artesanato Têxtil (Tear). É também de sua iniciativa o projeto de lei 4.878/2017 que confere ao Campo das Vertentes o título de Polo Mineiro dos Móveis Rústicos e que aguarda votação na Assembleia Legislativa do Estado. “A produção de móveis de madeira de demolição é uma marca da região”, explica o deputado. Cidades como Santa Cruz de Minas, Prados, Tiradentes, Lagoa Dourada, Coronel Xavier Chaves e Resende Costa, da microrregião, destacam-se nesse setor.  

Segundo o deputado, os títulos, além de valorizar as atividades, são também uma forma de divulgar as cidades que já são referência na produção artesanal: “É possível levar o Campo das Vertentes ainda mais longe, atraindo mais visitantes e compradores”. 

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário