Setembro amarelo

Suicídio: é preciso falar sobre esse problema de saúde pública


Saúde

Vanuza Resende0

Na tentativa de quebrar um tabu, o setembro amarelo surgiu com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio. Geralmente, as pessoas tendem a não falar sobre o assunto, por receio ou até mesmo pelo desconhecimento e, com isso, acabam não identificando os sinais que revelam o fato de uma pessoa próxima está próxima a tirar a própria vida (leia entrevista com Dr. Paulo César).

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 32 brasileiros se suicidam por dia. A taxa é superior às de vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Além disso, segundo a OMS, nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos se não fosse o mal silencioso.

Este ano em Resende Costa a Secretaria Municipal de Saúde, através do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), realizou uma roda de conversas sobre o suicídio abordando abertamente o tema. A psicóloga Mara Sade falou sobre as ações acerca do assunto no município: “Houve uma boa participação tanto da comunidade como de diversos setores do município. Também foi feita divulgação do tema através de cartazes espalhados pela cidade, bem como cartõezinhos distribuídos nos serviços de saúde. Além dessas ações, foi realizado no dia 17 de outubro o Encontro dos Sobreviventes do Suicídio, para familiares que sofrem com o luto de um ente querido ou para aqueles que já passaram pela experiência da tentativa de autoextermínio. E em breve, serão distribuídos folhetos informativos sobre o tema - uma parceria do Serviço de Saúde Mental com o CISVER”.

O Serviço de Saúde Mental alerta que é importante procurar ajuda durante o ano todo. Em Resende Costa, são oferecidos acolhimento e acompanhamento terapêutico às pessoas com pensamentos suicidas. Os familiares enlutados devem participar do Grupo de Familiares. “O importante é saber que existe, sim, uma saída para essa dor e o primeiro passo é procurar ajuda e falar sobre isso. Não se isole. Busque ajuda. Estamos aqui para ajudá-lo”, orienta a psicóloga Mara.

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