Não falo em metas, porque meta em mudança de ano é feita para não ser cumprida. Prefiro falar de expectativas, porque agregam boa dose de desejo e de esperança.
Assim, espero que em 2012 o meu Palmeiras – verdão do Parque Antártica - quebre o jejum de vários anos e seja campeão de alguma coisa, de preferência do campeonato nacional.
Que o movimento pelo voto distrital conquiste mais de um milhão de assinaturas, para que, como o movimento da Ficha Limpa, force os políticos a discutirem – e aprovarem - o tema no Congresso Nacional.
Que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote o processo do mensalão e condene a “quadrilha” que assaltou os cofres públicos pelos seus malfeitos.
Que dona Dilma não apenas continue com a faxina no seu governo, como também num ato de lucidez reduza o número de ministérios de 39 para no máximo 20. E que a faxina da corrupção e a racionalidade administrativa alcancem os poderes Legislativo e Judiciário, inclusive nos níveis estadual e municipal.
Que o Banco Central e o Ministério da Fazenda falem a mesma língua e, numa ação articulada, levem de volta a inflação – o pior imposto de quem tem menor renda - para o centro da meta (4,5%); e que reduza esta meta de inflação para, por exemplo, 3,5%.
Que o governo de dona Dilma abandone as “privatizações envergonhadas” e faça o dever de casa para tirar do papel as obras de infraestrutura, tão necessárias para eliminar gargalos que afetam a eficiência e a competitividade da economia nacional.
Que os governos federal, estaduais e municipais, num verdadeiro mutirão com a sociedade civil, reequilibrem a balança – atualmente pendendo em favor do ensino superior – para a arrancada rumo à tão propagada revolução do ensino fundamental e médio.
Que os juízes ainda resistentes se rendam ao planejamento e à fiscalização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), admitindo que eles não estão acima da lei e não são melhores do que os demais cidadãos.
Que – no plano internacional - o ditador da Síria seja defenestrado do poder, acabando de vez com os massacres contra milhares de cidadãos. Aliás, que os ditadores ainda restantes na face da terra vão todos para o inferno.
Que a União Europeia encontre a solução para a crise das enormes dívidas dos países que compõem o bloco, de maneira a colocar a casa em ordem – com os menores danos possíveis a seus cidadãos – e evitar o espalhamento do caos para o restante do mundo.
Que a presidente argentina, Cristina Kirchner, neste momento difícil de sua vida, tenha um ato de lucidez e acabe de vez com esta tentativa esdrúxula de censura contra os jornais, aceitando o direito do povo à liberdade de expressão.
Que o país e o mundo superem obstáculos e caminhem em busca da tão sonhada “felicidade interna bruta” – focada no bem estar das pessoas -, em substituição ao “produto interno bruto” focado puramente no crescimento econômico, com todas as mazelas que o acompanham.
No plano pessoal, que eu consiga perder uns 4 ou 5 quilos, terminar meu projeto de reportagens de caráter regional (em São Paulo e em Minas), retomar minhas viagens internacionais e – quem sabe! - me desencalhar.
Que todos tenham um grande 2012!