Pesquisas recentes mostram que a maioria dos brasileiros é favorável a cortar impostos e que se deixe mais dinheiro no bolso do cidadão. Esta é uma boa notícia. Por isso, precisamos fazer uma campanha nacional, sem trégua, pelo corte de impostos, a fim de pressionar os políticos a mudarem seus hábitos. Sobre os salários existem impostos até para sustentar sindicatos pelegos e reforma agrária. Estudo recente mostra que os impostos na indústria atingiram a média de quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor nos últimos anos. A carga tributária sobre a energia já está em torno de 45%, sem falar dos impostos sobre comunicações. Não custa lembrar que são os mais pobres que, proporcionalmente, pagam mais impostos. Fala-se que o brasileiro poupa pouco e por isso o país não consegue ter um crescimento sustentável, pois depende de poupança externa e do humor dos mercados. O corte dos impostos permitiria que sobrasse mais dinheiro no bolso do cidadão e, em consequência, seria possível aumentar a taxa de poupança e os investimentos, por exemplo em infraestrutura.
Alguém acredita? - O bloqueio este ano de R$ 31,8 bilhões para que o governo possa cumprir meta fiscal (3,3% do PIB) e pagar juros da dívida é pura enganação. Tão logo a arrecadação de impostos aumente, os gastos dos ministérios voltam a subir, porque está no DNA deste governo torrar dinheiro público. Sobra ao Banco Central fazer o serviço sujo (e mal compreendido) que é aumentar os juros para controlar a inflação. O problema é que o corte de gastos, se de fato ocorrer, não deve ficar restrito às despesas correntes, mas sim atingir os investimentos tão necessários para garantir o crescimento do país. Isto mostra a verdadeira face deste governo que gastou de maneira perdulária todo o tempo e agora, ao apagar das luzes da administração, tenta convencer a sociedade de que é um governo austero. Que tal se começasse pela redução dos mais de trinta ministérios para apenas 10 ministérios e pelo fechamento de departamentos inúteis? Que tal se o sr. Lula vetasse os pedidos de aumento de salários que estão sobre sua mesa?
Um escândalo - A propósito de folha de pagamento do setor público, é simplesmente escandalosa a manobra da Câmara dos Deputados e do Senado para aumentar os salários dos seus servidores. Sem falar de novos pedidos de aumentos nos já elevados salários do Judiciário. Não apenas pelos valores descomunais – parece que essa gente não vive num país chamado Brasil – como também pela total noção de inoportunidade e pela irresponsabilidade fiscal.
Direito à informação - Em termos de liberdade de imprensa, o Brasil tem muito a aprender com os países civilizados. No Brasil, as emissoras de rádio e TV vivem uma censura branca, ou seja, não podem divulgar nada que contrarie o governo – principalmente o governo petista – que logo recebem ameaça – nem sempre velada – de que os canais são concessões públicas. Já na mídia impressa ocorre um fato curioso: nenhum jornal ou revista pode assumir publicamente sua posição política – como ocorre por exemplo nos Estados Unidos – em favor deste ou daquele partido/candidato. Está mais do que na hora de acabar esta farsa. Da mesma forma que é preciso mudar as leis eleitorais - a partir da nova legislatura – para acabar com a hipocrisia atual de desrespeitar descaradamente as leis porque as multas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são tão baixas que vale a pena correr o risco.
Da série perguntar não ofende: o “cara”, que já foi pé frio em 2006, vai confirmar a sua condição de pé frio quando se trata de Brasil na copa do mundo?