Voltar a todos os posts

Uma visita à Costa Oeste dos Estados Unidos

10 de Agosto de 2017, por Rosalvo Pinto

Anos atrás eu deixei a coluna “Causas & Cousas” para visitar as belezas de Paris. Suas monumentais catedrais, seus sinos e seus antigos santos. A doçura do Sena e a grandiosidade de suas avenidas e de seus monumentos. Pois bem, deixando a vetusta Europa, hoje revolvi visitar a jovem Costa Oeste dos Estados Unidos, banhada pelo Oceano Pacífico.

Entre muitas semelhanças com Paris, como o casario oriundo da velha Europa, fixo-me nos “antigos santos” que permeiam as cidades que enfeitam o oceano. Para essa tarefa, é necessário valer-se de sua curiosa história, mas por vezes triste. Sabemos que toda aquela região foi tomada pelos norte-americanos ao México na famosa “Guerra México/EUA”, de 1846/48. O México não aguentou a pressão dos EUA, interessados nos novos territórios e nas potenciais riquezas da Califórnia. Essa foi a 1ª. vez que uma força inimiga ocupava a capital do México. E agora, vem o destrambelhado novo presidente dos EUA, querendo erguer um gigantesco muro, separando os dois países, para firmar o que não lhe pertencia...

Os espanhóis começaram a chegar, em massa, ao continente americano, tal como os portugueses, nos inícios do século seiscentos. Ao norte do continente, vieram também com o intuito de catequizar os indígenas chegando, no século oitocentos, até o oeste. Um dos principais colonizadores e catequizadores foi o franciscano Junípero Serra (1713/1784), posteriormente declarado santo pelo atual papa Francisco, em 2016. Frei Junípero difundiu 21 missões ao longo da Califórnia, desde San Francisco, mais ao norte, até San Diego, na divisa com o México, passando por Santa Bárbara e Los Angeles.

As quatro cidades acima mencionadas (San Francisco, Santa Bárbara, Los Angeles e San Diego) são, atualmente, as mais importantes e mais ricas, numa região fértil, berço de grandes universidades e inventos técnicos (o famoso “vale do silício” ...). Quem pretende visitar a Costa Oeste não pode deixar de, no mínimo, conhecer essas cidades.

Dada a quantidade de missões, nasceram inúmeros conventos e muitas igrejas católicas, com seus respectivos padroeiros. Cito aqui apenas algumas, além das acima citadas, que deram seus nomes às respectivas suas cidades: São José – Sacramento – Santa Rosa – Santa Maria – Santa Clarita – Santa Paula – Santa Ana – San Clemente – San Marco – San Juan – San Bernardino Campristano – San Andreas – San Luís Obispo de Tolosa – San Simeon – Santa Catalina – San Onofre – São Miguel – Santa Cruz – San Jacinto – San Juan Bautista – Santa Monica.

Ressalto algumas curiosidades especiais, para quem queira fazer o trajeto “San Francisco/San Diego”. Em San Fancisco, a “Mission San Francisco”, a famosa ponte pênsil e o belo e imenso porto, de onde se vê a internacionalmente lendária prisão de “Alcatraz”; em Santa Bárbara, a famosa Universidade, que está “escondida” numa bela enseada do Pacífico, longe de tudo da cidade, com seus imponentes edifícios (muitos de nossos professores da UMFG já passaram por lá); em Los Angeles, o maior movimento de cinema do mundo, com as marcas tradicionais de seus atores pelas calçadas da cidade e, em San Diego, o seu maravilhoso e imenso parque e, no mar, a visita detalhada ao “porta-aviões” da Marinha Americana, o famoso “Midway”, que na 2ª Grande Guerra, em 1942, destruiu a marinha japonesa.

E fico por aqui. Prepare seu passaporte e, boa viagem!

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário