Partidas precoces
13 de Agosto de 2014, por Renato Ruas Pinto 0
Após escrever nas últimas edições sobre coisas novas, é hora de revisitar os clássicos. Afinal, nossas vitrolas não conseguem ficar sem eles. Aliás, muitas vezes somos saudosistas em excesso e esquecemos o novo. Certos artistas, porém, se tornam clássicos por bons motivos e nada como o teste do tempo para separar o que é realmente bom das modas passageiras. Dessa vez gostaria de escrever sobre dois grandes guitarristas que se foram muito jovens, mas cujas obras venceram a barreira do tempo: Duane Allman e Stevie Ray Vaughan (SRV). Dois talentos incríveis que infelizmente não puderam produzir mais, pois se encantaram muito novos.
Duane Allman foi um guitarrista que despontou muito jovem e logo se tornou um requisitado músico de estúdio. Em 1969, com apenas 23 anos, Duane e seu irmão Gregg formaram o grupo Allman Brothers Band e lançaram o primeiro disco, “The Allman Brothers Band”. Em seguida veio “Idlewild South” e o reconhecimento com o grande sucesso comercial do grupo, o disco “At Fillmore East”, gravado ao vivo na lendária casa de shows nova-iorquina. Pouco depois desse disco Duane viria a falecer em um acidente de moto, com apenas 24 anos. Pouco tempo, mas o suficiente para conquistar vários admiradores com sua guitarra blues. Entre eles ninguém menos que Eric Clapton, que o convidou para dividir as guitarras no histórico álbum “Layla and Assorted Love Songs”, um dos melhores discos de rock-blues de todos os tempos. A banda Allman Brothers merece grande crédito por ser uma das precursoras do estilo conhecido como o “Southern Rock” – o rock sulista – que mistura o rock com o country (aliás, os irmãos Allman são de Nashville, capital da música country). A Allman Brothers ainda acrescentava grandes doses de blues. Os três discos da Allman Brothers com Duane e “Layla” são audições obrigatórias para os fãs de rock e blues e a guitarra de Duane com certeza fez por merecer seu lugar no panteão do rock.
Stevie Ray Vaughan também se foi jovem, com apenas 36 anos e um histórico de apenas 6 discos (dois póstumos), sendo um com o irmão Jimmy Vaughan e os demais com sua banda, a “Double Trouble”. Após passar por diversas bandas, obteve reconhecimento com o Double Trouble que, após conquistarem um certo sucesso no Texas, foram convidados para participar do famoso festival de jazz de Montreaux em 1982 em uma noite dedicada ao blues. A apresentação chocou parte da plateia que, acostumada com o jazz e suas sutilezas, levou uma pancada da sua guitarra enérgica e algumas vaias vieram. O festival, porém, rendeu contatos para SRV e a oportunidade de lançar o seu primeiro álbum, “Texas Flood”, de 1983. A partir daí SRV ganharia notoriedade rapidamente ao resgatar nos anos 1980 o blues. Por isso é reconhecido como um dos responsáveis pelo renascimento do estilo que se deu naquela década. Stevie conseguia conjugar uma voz na medida com uma técnica de guitarra impecável. Sua guitarra carrega uma sonoridade crua e traz para o blues a força do rock. Em 1990 foi vítima de um acidente de helicóptero após um show. De legado deixou excelentes discos dos quais destaco “Texas Flood” e “In Step”. Excelente pedida pra ouvir um blues potente e com uma guitarra incendiária.
Faltou falar de um que também se foi jovem, pouco antes de completar 28 anos. Talvez o maior de todos os tempos e, com certeza, a maior personificação da guitarra rock: Jimi Hendrix. Hendrix, porém, merece o espaço desta coluna inteiro só pra ele. Em comum, todos têm a guitarra como elemento vital, quase uma extensão do corpo e através dela deixaram suas marcas em uma passagem breve por esse plano de vida. As marcas mais notáveis, aliás, ficaram nos sulcos dos LPs que nos encantam até hoje. Fica sempre a dúvida de como seria se não tivessem partido tão jovens. O que estariam produzindo? Continuariam fiéis ao blues ou se renderiam a algo mais pop para tocarem nas rádios e na grande mídia? Bem, para as lendas essas questões mundanas são de certa forma irrelevantes.
Arte coletiva e as autoras desnudadas
16 de Julho de 2014, por Renato Ruas Pinto 0
Trabalhos coletivos de músicos fazem parte do nosso cenário artístico há tempos. Antes de começar, vale fazer uma distinção entre o trabalho de uma banda e o coletivo. Adianto que essa distinção é um julgamento meu e pode estar sujeito a discussões. Uma banda é constituída de músicos trabalhando juntos, sob a mesma “bandeira”, embora normalmente possuam dinâmicas e papéis bem definidos. O Mick Jagger ou Keith Richards se comportam de forma distinta quando nos Rolling Stones ou quando atuando sozinhos. Em um coletivo também temos artistas trabalhando juntos, porém, o resultado é mais individual. Cada música tem a cara do artista e não necessariamente do grupo. Os artistas se ajudam, compõem juntos, participam uns das gravações e shows dos outros, mas preservam o seu traço mesmo em álbuns coletivos.
No Brasil vários trabalhos coletivos se notabilizaram: o álbum “Tropicália” de Caetano, Gil, Gal, Mutantes e outros talvez tenha sido o primeiro trabalho de destaque construído explicitamente nesse espírito. “Tropicália” inicialmente seria um disco com algumas músicas de cada artista. Porém, pouco antes do lançamento veio o “Sergeant Pepper’s” dos Beatles, trazendo a ideia do álbum conceitual e Caetano, Gil e companhia resolveram dar uma cara diferente para o disco e contar uma história com as canções. Ainda assim, ao se ouvir fica claro quem é quem. Outro coletivo importante viria a ser o álbum “Clube da Esquina”, fruto do trabalho de Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e outros bem sintonizados entre si nas letras e músicas. Deixando de lado o fato de ser verdadeiramente um grupo, o estilo de vida dos Novos Baianos (Moraes Moreira, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão e Pepeu Gomes) talvez os coloque na categoria de coletivo, já que viviam todos juntos no mesmo espaço. Por fim, o movimento da Bossa Nova não deixa de ter um quê de coletivo, tendo em vista a interação de todo o grupo nas composições, shows e discos.
Nos últimos dias um trabalho de criação coletivo me chamou a atenção, a Amostra Nua de Autoras, ou A.N.A. Nascido com o objetivo de divulgar o trabalho de novas compositoras, o coletivo A.N.A. se lançou com um espetáculo e o disco com o próprio nome. A nossa música brasileira sempre teve grandes vozes femininas na liderança como Elis Regina, Gal Costa, Marisa Monte e tantas outras. Porém, quando se fala de composição, o mundo que nos vem à cabeça é bem mais masculino: Tom Jobim, Chico Buarque, Djavan e por aí vai. Assim, não deixa de ser surpreendente uma reunião de oito cantoras e compositoras. Mais surpreendente, porém, é o resultado e a qualidade do trabalho. O grupo é formado por Deh Mussulini, Laura Lopes, Luana Aires, Irene Bertachini, Michelle Andreazzi, Luiza Brina, Leonora Weissmann e Leopoldina. Só conhecia até então o trabalho de Irene Bertachini, que lançou o ótimo disco autoral “Irene Preta, Irene Boa” no qual mostra um trabalho maduro e de ótima qualidade nas composições, além de bela voz. Aliás, no A.N.A. todas assinam composições e lideram vocais. E falando em vocais, ponto para os belos arranjos presentes em todo disco.
O trabalho do A.N.A. pode ser conhecido no site do grupo www.amostranuadeautoras.com) onde o disco pode ser inclusive baixado gratuitamente (ponto para o encarte com os créditos disponível em pdf).
No Soundcloud pode-se garimpar o trabalho solo das oito cantautoras e na Rádio ANA (https://soundcloud.com/coletivo-ana/sets/r-dio-ana) há várias músicas das integrantes. Além disso, no perfil de cada uma pode-se explorar o que andam produzindo. Estou ainda pesquisando e ouvindo com atenção e tem sido uma descoberta mais do que prazerosa. E se você, leitor ou leitora, quiser descobrir junto, irá concordar que a música brasileira vai bem, obrigado.
Minas além da Esquina
13 de Junho de 2014, por Renato Ruas Pinto 0
Toda homenagem que se preste ao Clube da Esquina é pouca pelo o que Milton Nascimento, Lô Borges e companhia fizeram pela música brasileira. Porém, não pretendo falar sobre o Clube que tornou a música mineira conhecida mundialmente. Ao menos não dessa vez, pois é impossível escrever sobre música sem dar o devido espaço àqueles músicos geniais. Gostaria de falar um pouco sobre o que se produziu depois do Clube e alguns artistas que julgo merecerem destaque. O desafio, porém, é na escolha sobre quem escolher, já que nosso estado é um grande celeiro de artistas e território livre onde coabitam estilos diversos.
Entre os compositores, um dos que julgo dos melhores do país na atualidade é o Flávio Henrique. A influência do Clube é nítida no trabalho desse músico impressionante, mas ele conseguiu ir além e apresentar um trabalho original e relevante. Como instrumentista, Flávio manda bem no violão, guitarra e piano, mas, em minha opinião, se destaca nos arranjos, sempre de alta qualidade. É um compositor sofisticado e dono de um extenso trabalho solo e parcerias com grandes compositores como Milton Nascimento, Márcio Borges e Zeca Baleiro.
Curiosamente, em seus discos solo como os excelentes “Pássaro Pênsil” ou “Aos Olhos de Guignard” ele prefere entregar os vocais para seus convidados. Já no seu novo trabalho, o quarteto Cobra Coral, ele solta a voz com seus parceiros de vocais: a excelente cantora Mariana Nunes e os músicos e compositores Kadu Vianna e Pedro Morais. O trabalho que começou como algo descompromissado ganhou fôlego, fez sucesso e rendeu um ótimo disco com o nome do quarteto. Aliás, o trabalho de Flávio Henrique com músicos novos é algo que merece nota. Na estrada desde os anos 90, Flávio pode ser considerado um veterano. Entretanto, sempre abre espaço e promove jovens artistas nos seus discos e composições. Recentemente, esteve também nas manchetes políticas após compor a ácida marchinha “Na Coxinha da Madrasta” criticando de forma inteligente um deputado estadual, que chegou a ameaçá-lo com um processo. Ele chegou a interromper a divulgação da música, mas já era tarde demais e ela tinha se tornado um viral na internet.
Das Gerais também saíram grandes intérpretes e se há uma cantora que tem toda minha admiração é a Titane. Mineira da nossa quase vizinha Oliveira, Titane é uma cantora de voz poderosa e de técnica impecável. Consegue aliar uma excelente presença de palco e interpretação cênica com um controle absoluto da voz, que vai com perfeição de um sussurro a um agudo altíssimo. Tal como Flávio Henrique, Titane também sempre apoiou e divulgou artistas novos, dando a espaço a nomes que hoje estão ganhando espaço como Makely Ka e Sérgio Pererê. O seu trabalho recente “Titane e o Campo das Vertentes”, que rendeu um excelente CD e DVD, foi justamente fruto de uma série de oficinas para jovens entre 15 e 25 anos, onde se trabalhava expressão corporal, preparação cênica e musical. Não basta fazer música, mas também criar espaços e incentivar.
Não bastasse esse trabalho belíssimo de promoção da música, Titane ainda foi responsável por um álbum que faz parte da minha lista dos melhores que a MPB produziu, o “Inseto Raro”, gravado ao vivo em Ouro Preto em 1996. Acompanhada somente pelo brilhante violonista Gilvan de Oliveira, Titane solta sua voz na interpretação de clássicos da MPB e canções com influência de tradições populares como o congado e folia de reis, aliás, tradições das quais Titane é uma grande divulgadora. Tive a felicidade de assistir ao show no seu lançamento e de estar presente na gravação em Ouro Preto. Perdi as contas de quantas vezes já ouvi o disco, mas é o tipo de álbum em que sempre causa aquele arrepio e a emoção de ouvir um detalhe novo. Para quem não conhece o trabalho de Titane, vale uma visita no seu site (http://titane.com.br/) onde se pode ouvir seus trabalhos mais recentes.
Focalizamos dois grandes artistas das Gerais “pós-Clube”, mas esse é só o começo. A música em Minas mantém uma produção de altíssimo nível e a cada dia novos artistas surgem acrescentando mais qualidade ao que temos para ouvir. Como disse lá na minha estreia da coluna, a música realmente vai bem.
Cheio de dedos
15 de Maio de 2014, por Renato Ruas Pinto 0
Na coluna de estreia falei da necessidade de abrir espaço para a música nova, mas não posso fazer isso antes de escrever sobre um artista que considero um dos mais geniais da geração pós Chico Buarque, Caetano e companhia, e que nunca teve o devido reconhecimento do grande público e mídia: o Guinga. Não que Guinga seja um total desconhecido ou um injustiçado, porém, a sua fama sempre ficou restrita a uma crítica especializada ou pessoas realmente fãs de MPB.
Guinga não é um artista novo e despontou para a música muito cedo. Com apenas 17 anos – e ainda assinando com seu nome, Carlos Althier – classificou uma música para o II Festival Internacional da Canção da Globo em 1967, a mesma edição que revelou Milton Nascimento com "Travessia". Depois disso, continuou seu trabalho de compositor e violonista, tendo várias músicas gravadas por artistas consagrados como Chico Buarque, Elis Regina, Ivan Lins, Leila Pinheiro e outros. Também acompanhou em palco ou estúdio nomes como Cartola, Beth Carvalho e Clara Nunes. Porém, demorou a se dedicar integralmente à música, dividindo seu tempo com a profissão de dentista. Apenas há poucos anos deixou de lado as brocas e o consultório. Junte-se a isso o fato de, nos primeiros anos de carreira, evitar o palco para apresentar o próprio trabalho - nem mesmo em bares ou pequenas casas - e talvez se consiga explicar o porquê de Guinga nunca ter tido a exposição merecida.
A relação com o palco é de fato curiosa. Apesar de anos dedicados à música e de ser reconhecido – e disputado – no meio artístico pela qualidade das suas composições, Guinga só subiu ao palco para um show seu em 1989, quando já tinha mais de 20 anos de dedicação à arte. E, diga-se de passagem, o show só aconteceu porque foi organizado e promovido por amigos músicos que consideravam um absurdo o artista nunca ter tido a devida proeminência. A partir daí, Guinga começou a gravar o próprio trabalho e lançou alguns discos impressionantes. Carioca da gema, o samba é sua língua materna, mas transita com elegância por outros estilos como o baião e bolero. Guinga trouxe para a MPB uma sofisticação na melodia e harmonia que, em minha opinião, não se via desde Tom Jobim. Além disso, Guinga é um violonista virtuoso e faz justiça ao título do seu álbum de 1996, "Cheio de Dedos", que escolhi pra título desta coluna.
Tive a felicidade de ver Guinga ao vivo em duas oportunidades e suas apresentações são verdadeiras declarações de amor à música e ao violão. Além disso, é impressionante a emoção que ele transmite ao público, seja cantando ou executando seus belos temas instrumentais. Compositor brilhante, instrumentista virtuoso e grande intérprete: receita de satisfação para quem ouve. Com boa parte dos seus álbuns ainda disponíveis, seja no bom e velho CD ou para download no iTunes, fica o convite para conhecer aquele que eu considero um dos maiores compositores da MPB. Além disso, há vários vídeos no Youtube onde se pode vê-lo executando suas músicas. E pra quem já conhece, vale sempre rever o trabalho genial desse grande artista.
A música brasileira vai bem, obrigado
16 de Abril de 2014, por Renato Ruas Pinto 0
Desde que me entendo por gente, ouço reclamações sobre a qualidade da música brasileira. Bons eram os artistas do passado, mas, pelo visto, nem eles eram poupados nos comentários, pois já não produziam no mesmo nível. E o tempo passa e o comentário não muda. De tempo em tempo uma nova moda surge na mídia – funk carioca, sertanejo universitário e outras tantas que chegam e somem na mesma velocidade – e as críticas ganham força, lamentando a decadência da música. Porém, discordo do fato de que a qualidade da música brasileira esteja caindo. Afinal, se assim o fosse, ela teria se extinguido há tempos. O fato é que a produção continua em alto nível.
Vamos aos fatos: artistas populares – aqueles que caem no gosto da massa – sempre existiram. Em todos os tempos sempre houve um grupo de artistas que movimentava a maior parte da população em oposição a um grupo pequeno, dito “de qualidade”. Se hoje se reclama do funk carioca ou algo que o valha, no passado os criticados foram o Sidney Magal, o Agnaldo Timóteo, algum grupo de lambada ou mesmo o Waldick Soriano. Então me parece que o gosto popular sempre andou descompassado de um gosto supostamente sofisticado. Mas ainda assim boa música continuou sendo produzida.
Essa sensação de queda da qualidade, porém, não é sem razão. Ao ligar o rádio ou assistir a programas de TV vemos cada vez mais os espaços tomados por artistas populares e pela moda da época. A tecnologia digital na música afetou profundamente a indústria fonográfica e a acertou em cheio com a pirataria. Primeiro com o CD e a facilidade de se fazer cópias. Depois veio o mp3 e similares e, a partir de então, qualquer música ou álbum ficou ao alcance de um download. A partir daí, as apostas em novos artistas ficariam restritas, com raríssimas exceções, àqueles nos quais o retorno comercial fosse garantido. Por outro lado, a revolução digital também traria benefícios, facilitando a gravação e a divulgação do trabalho de vários artistas fora do circuito comercial.
Em um passado não muito distante, a gravação de um disco era um trabalho hercúleo para qualquer artista ou banda independente. Poucos e caros estúdios disponíveis e a dificuldade de distribuição eram grandes empecilhos para criação e divulgação. O barateamento da tecnologia permitiu montar em casa estúdios de vários canais e de boa qualidade, o que permite ao músico fazer uma boa pré-produção ou mesmo toda a gravação no próprio estúdio. A divulgação também ficou mais fácil e o mesmo download que facilita a pirataria permite ao artista independente divulgar seu trabalho, seja através de site ou blog próprio, plataformas como o Youtube e redes sociais focadas em música como o MySpace ou o SoundCloud. Plataformas comerciais permitem não só divulgar, mas também ganhar com o trabalho e artistas independentes têm se valido do iTunes e Deezer para vender de músicas a discos completos ou ganhar por acesso às suas músicas.
Então o problema seria com a música ou com a falta de bons artistas? Não creio. É a falta de espaço no rádio ou TV para trabalhos que não sejam estritamente comerciais. Precisamos ficar de olho no que rola na grande rede para pescar boa música. E ainda por cima com a conveniência de escutar o que se quer e quando se quer, sem nada imposto por gravadora, canal de TV ou rádio.
Após diversas colaborações com o Jornal das Lajes, fui honrado com um convite para assumir a produção de uma “coluna musical”. Espero nas próximas edições provar, como afirmo na abertura dessa coluna, que não só a música brasileira, mas também o rock e o pop continuam em forma e ainda podem nos emocionar. E espero a contribuição do leitor, afinal, o universo da música é muito grande para que alguém sozinho consiga estar antenado em tudo. A contribuição pode vir através do espaço para comentários no site do jornal ou no perfil do JL no Facebook, enviando sugestões de artistas e músicas. Não faltará espaço para os clássicos também, afinal, nossas vitrolas não podem sobreviver sem eles. E é nessa mistura do novo com suas origens e influências que vamos falando de música. Até a próxima.