Trilha sonora

Novos caminhos da música

11 de Fevereiro de 2015, por Renato Ruas Pinto 0

Desde que comecei a participar do JL através desta coluna, sempre disse que a nova música estava acontecendo em caminhos não tradicionais. O rádio, a TV ou mesmo as prateleiras de lojas de CD não irão nos mostrar nada de inédito a não ser o “novo” disco ao vivo de uma dupla sertaneja ou de alguma cantora de axé. Ou o disco acústico de clássicos reciclados de alguma banda de rock. Então, estava em dívida e precisava falar um pouco sobre onde circula a boa música que vem sendo produzida.

Os tempos digitais democratizaram, em um primeiro instante, o acesso à gravação. O que era restrito aos estúdios por conta dos caros equipamentos, de repente estava acessível em computadores pessoais e foi possível transformar um quarto da casa em um estúdio de gravação. Nesses estúdios caseiros hoje são produzidos desde pré-produções – que reduzem o tempo em estúdio e, logo, os custos de gravação – até discos inteiros. Uma vez gravado o trabalho vem o desafio: como divulgar e distribuir? Nessa outra frente a internet abriu novos canais para os artistas independentes, que podem explorar diversas alternativas: desde a divulgação de novas músicas até a venda direta dos álbuns em sites próprios. Para o ouvinte a internet também trouxe novidades. Hoje diversas rádios virtuais (Rádio UOL e RadioTunes, só para citar algumas) nos dão acesso a canais temáticos onde podemos ao menos escolher um estilo que nos agrada.

Para aqueles que ainda curtem ouvir um disco na íntegra, a divulgação eletrônica também foi boa. As gravadoras fogem dos altos custos de prensagem e lançamento físico de álbuns e nos dão acesso a clássicos que estavam fora de catálogo. Há quem questione – e com razão – a qualidade do formato digital, mas ainda assim acho melhor poder conhecer o trabalho do que deixar a música perdida nos arquivos das gravadoras. A plataforma comercial mais famosa hoje é o iTunes, da Apple, que possui um acervo enorme e se tornou até um dos canais preferenciais para lançamentos de artistas consagrados. Outra modalidade comercial que vem despontando são os serviços de execução on-line como o Deezer, Rdio ou Spotify. Essas plataformas possuem a opção de ora se ouvir gratuitamente com algumas limitações, como só acessar on-line ou com propagandas comerciais. Por uma assinatura mensal você pode até baixar discos para ouvir off-line no tablet ou celular. É uma ótima opção para consumidores vorazes de discos como eu, já que a assinatura custa menos que um lançamento.

Por fim, os artistas independentes têm se valido também de plataformas de acesso gratuito como blogs e redes sociais para divulgação. Há inclusive redes sociais destinadas à música como o Soundcloud (www.soundcloud.com), a mais popular depois do Youtube. Além disso, vários artistas investem em sites próprios para divulgar trabalhos e até disponibilizar o download gratuito dos discos. O violeiro e produtor musical Ricardo Vignini, por exemplo, usa todos esses canais para aumentar o alcance do seu trabalho: Soundcloud, Deezer e iTunes. De acordo com ele, o iTunes propicia ao artista um retorno financeiro comparável à venda do disco físico. O Deezer por sua vez dá pouco retorno financeiro, porém, ajuda a divulgar. Curiosamente, até a distribuição gratuita traz retorno financeiro e Vignini conta que quando disponibilizou o download de álbuns mais antigos da sua banda, o Matuto Moderno, acabou gerando interesse e incrementou as vendas dos discos atuais. Vignini, porém, não abre mão de lançar o álbum físico, pois diz que é exigência do seu público. E eu me incluo neste: gosto de ter em mãos o disco e ler o encarte e a ficha técnica. A pergunta é se esse formato vai sobreviver. Veremos.

 

Como se vê, os novos caminhos beneficiaram as duas pontas: o artista independente e sem espaço nas grandes mídias e nós ouvintes, que não somos mais obrigados a ouvir somente aquilo que nos é imposto. Podemos escolher o que ouvir e quando, e assim ir descobrindo um universo de boa música que está circulando ao nosso alcance.

Mais descobertas

13 de Janeiro de 2015, por Renato Ruas Pinto 0

A melhor maneira de escrever sobre música é ir atrás de sons novos e poder ouvir o que está sendo criado de bom. Com toda a certeza, a grande rede facilita e muito o trabalho, já que os artistas novos se aproveitam para divulgar o trabalho em sites próprios, em redes sociais voltadas para a música (a mais popular hoje é o SoundCloud – www.soundcloud.com) ou mesmo plataformas comerciais como o Deezer ou Spotify, sobre as quais pretendo escrever em breve. E é claro, para escrever há que se ler também, buscar resenhas e matérias de divulgação e ficar antenado no que amigos músicos estão comentando. Nessas procuras, esbarrei recentemente em dois artistas que vale a pena escutar e conhecer melhor: Edu Kneip e Ligiana Costa.

Edu Kneip é paulista, porém, radicado no Rio de Janeiro. E no Rio ele bebe em fonte pura do samba, estilo que melhor define seu trabalho. O samba é um estilo um tanto quanto ortodoxo e seus artistas costumam ser puristas que pouco investem em fórmulas novas. Afinal, para que mexer em time que está ganhando? Edu Kneip, porém, segue uma linha mais ousada e é nítida a influência na música de dois grandes renovadores do samba: João Bosco e Guinga. Tal como Guinga, Edu traz para o samba outros ritmos como o baião, dando uma refrescada no estilo, tanto nas melodias quanto nas harmonias. Guinga, aliás, empresta sua voz a uma das faixas do disco de estreia de Edu, “Da Boca Para Dentro” de 2005. Nesse trabalho Edu preferiu privilegiar o trabalho de compositor e entregou as vozes para convidados de primeira linha – além do Guinga estão lá Leila Pinheiro, o grupo Garganta Profunda e outros – e só mostrou a voz em uma faixa. É um trabalho de fôlego, no qual Edu também mostra o bom trabalho como letrista, apesar de a maior parte das letras serem assinadas pelo parceiro Mauro Aguiar. Resumindo, é um álbum de primeira grandeza: músicas excelentes com letras à altura e ótimos arranjos. Para ser ouvido sem moderação e com bastante cuidado.

Ligiana Costa é brasiliense e talvez por isso tenha um espectro de influência mais amplo, já que Brasília é uma terra de culturas diversas que reúne em um só lugar todo o nosso país. É cantora lírica de formação e, como esperado, tem um domínio e tanto da voz. Após passar alguns anos na Europa estudando música, voltou ao Brasil e lançou seu primeiro disco “De Amor e Mar” de 2009. Para o disco de estreia Ligiana caminhou principalmente pelo samba. O disco mescla clássicos de autores consagrados como Cartola, Baden Powell com autores novos e ela própria já apresenta algumas músicas suas. No segundo álbum, “Floresta” ela já coloca o lado de compositora bem mais à vista e apresenta um trabalho de primeira. Gravado em um estilo “ao vivo”, com músicos e cantora juntos, é outro disco completo, com ótimas músicas e arranjos muito bem elaborados. Vale a pena explorar bem os dois discos e eu mesmo ainda estou descobrindo ambos.

 

Dois excelentes artistas e com potencial para serem comparados aos grandes da MPB. Porém, nos dias de hoje, sabemos que dificilmente eles terão a aclamação popular que os grandes tiveram no passado. Por outro lado, como se vê, com a internet temos acesso fácil a trabalhos que há alguns anos talvez só conheceríamos estando na mesma cidade ou região. Então, se não toca no rádio, que nossas vitrolas – ou computadores – os toquem.

A Nata

13 de Novembro de 2014, por Renato Ruas Pinto 0

No final de outubro último, o grande baixista, cantor e compositor Jack Bruce encantou-se aos 71 anos. Bruce foi um dos baixistas que mais marcou e influenciou o rock e não posso me furtar de prestar uma pequena homenagem a esse músico e ao legendário trio que consagrou não só ele, mas também o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker: o The Cream.

Em meados dos anos 1960, quando Londres fervia de novidades musicais e o rock inglês dominava o mundo, os três músicos já eram reconhecidos no meio artístico, mas ainda não desfrutavam de grande sucesso comercial. Eric Clapton havia passado por um grupo que começava a despontar, os Yardbirds, porém, achava que estavam tomando um caminho excessivamente comercial e saiu do grupo em 1965. Naquele momento Clapton estava totalmente devotado ao blues e foi para uma das bandas que ajudava a difundir o estilo na Inglaterra, a John Mayall & The Bluesbrakers. Eric Clapton começou a ser reconhecido como grande guitarrista e nesse período apareceram nos muros de Londres a famosa inscrição “Clapton is God” (Clapton é Deus).

Jack Bruce já havia tocado em diversos grupos de blues e jazz e tocou com Clapton por um breve período nos Bluesbrakers. Antes, Bruce foi companheiro de Ginger Baker em alguns grupos conhecidos na cena inglesa. Curiosamente, já era conhecida a rivalidade entre os dois e havia várias histórias de brigas, inclusive agressões em pleno palco. Apesar desse potencial para problemas – que de fato determinou o fim do grupo – Bruce e Baker convidaram Clapton e o convenceram a formar o The Cream, com uma proposta de ser um grupo de rock e blues, porém, com uma pegada de peso para os padrões da época em termos de distorções e da base rítmica densa. O nome, que significa “A Nata”, é uma alusão nada modesta ao virtuosismo dos três músicos, que sabiam do que eram capazes.

O grupo estreou em 1966 com o álbum “Fresh Cream”. Logo chamaram atenção por vários motivos: o já citado virtuosismo dos músicos, que se entregavam a longos improvisos em suas apresentações, o peso das bases e das distorções em suas composições ou releituras de clássicos do blues e, finalmente, o fato de ser um trio, formação pouco usual no rock naqueles tempos. Com somente três músicos em cena é preciso muita competência e entrosamento para se preencher os espaços, especialmente ao vivo, o que não foi problema para os três. Eric Clapton é até hoje conhecido como um dos maiores guitarristas de rock e blues e teve uma carreira de sucesso. Baker e Bruce não se tornaram tão conhecidos do grande público, mas são constantemente lembrados por músicos e fãs como uns dos maiores instrumentistas do rock. Jack Bruce é, em minha opinião, um dos baixistas mais importantes do estilo, pois, junto com Paul McCartney, ajudou a dar voz própria ao contrabaixo, instrumento até então mais usado para marcar harmonia e ritmo. É impressionante como o baixo de Bruce complementa e dialoga com a guitarra de Clapton.

O Cream viria a gravar em estúdio somente mais três álbuns: “Disraeli Gears”, “Wheels of Fire” e “Goodbye”. Recomendo particularmente “Disraeli Gears”, um disco inspirado, e “Wheels of Fire”, que contém algumas faixas ao vivo onde se tem a noção da força do grupo. Apenas quatro anos após a formação, o grupo sucumbiu aos problemas internos e brigas entre Bruce e Baker. Tiveram um breve retorno para alguns shows em Nova Iorque e Londres em 2005, que resultaram na gravação de um ótimo CD e DVD. O tempo e problemas de saúde não foram suficientes para superar a grandeza desses artistas.

Foi uma curta duração, mas o suficiente para marcar o rock. O peso das suas músicas com certeza abriu o caminho para o Hard Rock e Heavy Metal. Além disso, o formato em trio inspirou até o mesmo Jimi Hendrix, que logo depois fundou o seu, o Experience. E essa é uma das belezas da música: tempo e longevidade não são necessariamente documento. Competência e originalidade são o que fazem uma banda entrar para a história.

 

(Não deixem de curtir dicas na página do Trilha Sonora: https://www.facebook.com/TrilhaSonoraBR)

Criação Geral

17 de Outubro de 2014, por Renato Ruas Pinto 0

A arte, assim como a vida, evolui em pequenos passos e dificilmente dá grandes saltos ou passa por revoluções. Porém, novos trabalhos às vezes demoram a sair à luz e, quando o fazem, podem até vir em uma onda de grandes proporções. A onda talvez até seja forte, mas a sua origem costuma ser pequenas gotas que vão se represando até romper a "barragem" do público e fazer com que determinado trabalho artístico se torne conhecido. No caso da música, é o momento em que ela sai do círculo de amigos, dos pequenos bares e toma dimensão maior.

Belo Horizonte passou por um desses "rompimentos de barragem" em 2002 e seus frutos continuam a ser colhidos até hoje: o movimento que ficou conhecido como o Reciclo Geral. A música mineira passou por momentos de destaque nas últimas décadas e o Estado entrou no mapa musical. Primeiro, pelo trabalho do Clube da Esquina, depois pela turma do Heavy Metal - que teve no Sepultura seu grande expoente - e, mais recentemente, pelo pop de Skank e Jota Quest. Havia, porém, uma turma que não se enquadrava nesse esquema mais pop, mas que vinha produzindo música autoral de qualidade. Juntaram-se para promover shows que acabaram por acontecer no espaço conhecido como "Reciclo", da Asmare (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável). Lá os novos artistas dividiram o palco com outros já conhecidos em uma série de concorridos shows que se tornariam o marco do que ficou conhecido como o "Reciclo Geral".

Em 2003 saiu o excelente álbum coletivo "A Outra Cidade", de Makely Ka, Pablo Castro e Kristoff Silva, três artistas que participaram do Reciclo Geral e que estreavam nos discos. O álbum conseguiu sintetizar bem o espírito do momento e abriu espaço para compositores e músicos que se lançavam ao mundo. O disco pode ser considerado ao mesmo tempo o final com chave de ouro dos shows do Reciclo e o catalisador de toda uma nova geração de artistas que, a partir dali, seria registrada em disco. Dos artistas revelados no Reciclo e que começariam a gravar podemos citar alguns como Dudu Nicácio, Leopoldina (do ANA, sobre o qual falei em julho), Sérgio Pererê, Mestre Jonas, Érika Machado, Vitor Santana, Mariana Nunes, além dos três estreantes citados anteriormente.

Saiu dali um caldeirão de sons, estilos e coloridos distintos que, na minha opinião, fazem com que o Reciclo Geral não possa ser classificado como um "movimento" no sentido de busca de uma determinada estética artística, mas sim como um marco fundador de uma nova geração, quase um "big bang" que revelou vários universos distintos circulando em BH. Mais importante talvez tenham sido as portas abertas naquele momento, pois esses artistas continuam produzindo trabalhos em alto nível, como os excelentes discos solo de Pablo Castro – “Anterior”, lançado em 2013 - e o recente “Cavalo Motor” de Makely Ka lançado nesse ano.

Termino explicando a brincadeira que fiz no título, pois julgo que o Reciclo Geral foi mais do que uma reciclagem da música. Aqueles artistas com certeza beberam e ainda bebem nas fontes de Milton Nascimento, Toninho Horta, Guinga ou João Bosco. Porém, eles foram além e apresentaram, seja em discos próprios ou em gravações por outros artistas, material original e com estilo próprio. Criações que valem a pena serem ouvidas com cuidado. Aguardem as dicas na página da Trilha Sonora no Facebook (www.facebook.com/TrilhaSonoraBR).

 

(Não posso fechar sem agradecer ao amigo Luiz Henrique Garcia que me apresentou vários trabalhos da turma do Reciclo Geral e que me ajudou na pesquisa para essa coluna)

Viola caipira: o som do Brasil

17 de Setembro de 2014, por Renato Ruas Pinto 0

Inúmeros formatos e tipos, uma infinidade de afinações e estilos que mudam a cada região: talvez a viola caipira seja o instrumento que melhor ilustra a diversidade cultural de nosso país. O instrumento veio de Portugal, herança da tradição da península Ibérica de se construir e tocar instrumentos de corda como o seu “primo” mais novo, o violão. Encontrou lar nesse nosso país e por aqui se espalhou, literalmente, de norte a sul. Por nossas dimensões continentais e dificuldades de se vencer grandes distâncias, a viola desenvolveu-se de forma diferente país afora em termos de estilos, afinações e ritmos. Cinturada, de cabaça, de coxo, a rara de doze cordas, cordas de metal ou de tripa de animais: apenas alguns exemplos da variedade de construção e tipos de viola. Além disso, também é tocada nas mais diversas afinações, que possuem nomes curiosos como Cebolão, Rio Abaixo, Paulistinha ou Cana Verde.

A viola tem suas tradições e lendas e até um santo padroeiro dos violeiros: São Gonçalo de Amarante, que tocava a sua viola nas festas aos sábados. De tão cansadas de dançar por toda a noite, as moças não pecavam no domingo e se dedicavam à missa. Mais notável, porém, é a vida dupla da viola que transita entre os terrenos do sagrado e do profano. Instrumento típico de festejos religiosos como a Folia de Reis, ao mesmo tempo a viola é quem agitava as festas profanas e os bailes onde o sertanejo se entregava às tentações nos braços da amada. E para desenvolver sua técnica a lenda diz que o violeiro ainda pode recorrer a um pacto com o Sem Nome, o Coisa Ruim. E uma última técnica misteriosa: pra melhorar o som do instrumento coloca-se dentro do corpo um guizo de cascavel. Várias histórias que acrescentam charme ao fascinante mundo da viola caipira.

A popularização da viola talvez tenha tido no grande Tião Carreiro, um dos seus maiores embaixadores, que levou para a indústria fonográfica um toque criativo e virtuoso com o sotaque forte do interior. A partir daí, vários outros violeiros ajudaram a difundir o instrumento, como o Almir Sater, que levou a viola para a novela no horário nobre. Cada vez mais se abrem possibilidades para o instrumento e grandes músicos exploram o som incrível que esse pequeno instrumento consegue produzir. Violeiros como Ivan Vilela, Roberto Corrêa e Tavinho Moura seguem provando que a viola pode ser um instrumento solista, com direito a ser tratado por erudito como o seu "primo" violão. Também grandes solistas, porém com um pé mais fincado na tradição sertaneja, podemos citar os virtuosos Levi Ramiro, Paulo Freire e Índio Cachoeira. Nas nossas Minas temos os exemplos de Wilson Dias, Pereira da Viola e Chico Lobo, grandes instrumentistas e que também fazem da viola a companheira de belas canções. Por fim, a dupla Ricardo Vignini e Zé Helder tem levado a viola para o terreno do rock, seja com o seu trabalho em duo, o Moda de Rock, onde releem clássicos do estilo arranjados com ritmos tradicionais de viola, seja com o Matuto Moderno, que definitivamente coloca a viola em um grupo de pegada roqueira, com direito a solos distorcidos.

É um tanto difícil fazer uma lista de violeiros nesse curto espaço sem cometer injustiças e omissões. É um universo tão fascinante quanto grande e cada vez mais se veem músicos novos se dedicando a esse instrumento que, como mostrei acima, sintetiza a riqueza cultural do nosso país e resgata tradições centenárias. Para abrir mais espaço para compartilhar dicas e os trabalhos de novos artistas e clássicos, estou criando no Facebook a página Trilha Sonora para postar sugestões e artigos ligados à música. E convido o leitor para também usar o espaço para dividir boas dicas com todos. Aguardo suas visitas e curtidas no endereço https://www.facebook.com/TrilhaSonoraBR