Eleições mais antigas do Brasil ajudam a fortalecer a democracia


Eleições 2020

José Venâncio de Resende0

As eleições municipais são tradicionais no Brasil. Desde o descobrimento pelos portugueses, em 1500, os representantes das Câmaras Municipais, instituídas no Brasil Colônia, são eleitos pelo voto popular, de acordo com Jorge Caldeira, no livro “História da Riqueza no Brasil”.   

Por isso, é uma oportunidade de “nos reencontrarmos com a democracia no contexto local, municipal, onde temos condições de vivenciar, de forma mais imediata, mais de perto, os problemas, os desafios, as questões sociais, enfim, as questões da coletividade”, observa Fernando Chaves (PDT). 

Participar das eleições “sempre será importante para mantermos o bom funcionamento da democracia”, pondera Ângelo Márcio (PT). “Quando não votamos, estamos simplesmente passando a outras pessoas o poder de escolher e decidir por nós qual projeto social será implementado. Atualmente, a democracia como a conhecemos está por um fio. Muitos especialistas até dizem que já não existe mais.”

Fernando Chaves salienta o “aspecto de proximidade dos cidadãos com as questões públicas e com os atores (políticos), especialmente na crise.” No meio de uma pandemia e de uma crise econômica que se anuncia, “é importante a gestão das questões coletivas, das questões públicas”; enfim, “eficiência na gestão”. Assim, este é “um momento importante de planejar, de discutir o município e de escolher os representantes”.

Lucas Vale (PSD) acredita que a pandemia e a incerteza quanto aos seus desdobramentos reforçam a importância destas eleições, já que os políticos escolhidos vão tomar as “decisões que mais se refletem na vida do morador local”. “Esse ano em especial, vivenciamos uma pandemia que não sabemos até onde irá e nem quais serão os reflexos, tanto na saúde quanto na economia. Então os próximos eleitos terão uma responsabilidade muito grande de saber sair de situações complicadas e continuar levando o município ao crescimento.”

Zinho Gouvêa (PSDB) ressalta a “necessidade de experiência tanto política quanto administrativa” num momento político e econômico difícil em que vive o país. “Automaticamente isso se reflete nos municípios. Os novos administradores talvez encontrarão dificuldades nos próximos anos, sobretudo pelo fato de o país estar passando por uma grave crise econômica, sanitária e política.”

Cássio Almeida (MDB) destaca a importância das eleições frente a “um cenário de amplas incertezas e riscos, acentuados pela pandemia”. A crise política que afeta o Brasil, nos últimos anos, “já vem trazendo prejuízos aos pequenos municípios bem antes do vírus e há o receio de isso se agravar nos próximos meses”, acrescenta. Por isso, em momento de instabilidade, é importante unir experiência e juventude. “Precisamos de gente que entenda as necessidades do nosso povo e, ao mesmo tempo, trabalhe com criatividade para driblar as consequências da crise. Escolher bem os vereadores, vice-prefeito e prefeito é escolher o que queremos para o nosso presente e o nosso futuro. É no cenário municipal também que surgem novas lideranças políticas para a região, o estado e até mesmo para o país.”

Alemão (PSL) acredita que os municípios, “que em nossa federação prestam a maioria dos serviços à população, sofrerão respingos negativos” no combate à Covid-19, a qual trouxe impacto à saúde e à economia. “As eleições de 2020 são mais uma oportunidade para o povo usar a democracia a seu favor, podendo fazer a melhor escolha entre os candidatos mais preparados a fim de se ter um bom relacionamento administrativo com o estado e com a União.” “Tenho plena certeza de que Resende Costa será contemplada com o que há de melhor.”

Eleição é isso, conclui Ângelo Márcio: “Votar é mostrar que o direito de escolha  é seu. De nada adianta ficarmos indignados quando não ousamos mudar, escolher propostas inovadoras e saudáveis, ou seja, mudar o perfil de administradores e legisladores. O político é representante social. Se você vota em alguém diferente do seu perfil social, dificilmente esse político irá representá-lo(a), pois uma coisa é certa: só entendemos a dor do outro quando a vivenciamos de perto ou temos vontade de entendê-la.”

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