A MRS Logística é uma operadora ferroviária de carga com atuação nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente é uma das dez maiores ferrovias do mundo em volume transportado, com indicadores de nível internacional em segurança, confiabilidade e eficiência. A empresa foi constituída em 1996 para operar a chamada malha Sudeste da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima). A sede da companhia está localizada em Minas Gerais, na cidade de Juiz de Fora.
Mais de 6.500 colaboradores diretos e 3.500 terceirizados atuam com a MRS, que há três anos figura no ranking nacional das melhores empresas para se trabalhar. Desde a sua criação, a companhia já investiu mais de 120 milhões de reais em projetos para a redução de interferência nas comunidades, infraestrutura e segurança. Em impostos e outorgas pagos ao Governo Federal foram gastos cerca de 13 bilhões de reais. No ano de 2009, a MRS intensificou seus investimentos em desenvolvimento próprio, aquisição de novas tecnologias e em manutenção, com resultados expressivos a partir de 2011. Atualmente, a frota de locomotivas é superior a 790 e são mais de 18.400 vagões, o que representa 20% da frota nacional.
O principal produto transportado pela MRS é o Minério de Ferro, representando 71,67% das cargas em 2013. Carvão, Siderúrgicos, Agrícolas, Bauxita, Granéis, Cimento, Celulose, Containers são outros produtos transportados pela empresa no ano passado. A MRS opera em quatro portos: Santos, Itaguaí, Guaíba e Rio de Janeiro. Conta ainda com outros 23 terminais administrados pela própria empresa ou por terceiros. A MRS representa ainda 15% das exportações brasileiras e 32% do total da carga ferroviária nacional.
O Brasil tem, aproximadamente, 27 mil quilômetros de ferrovias. Desse total, 1.643 quilômetros pertencem à malha ferroviária da MRS, ou seja, 6% da estrutura ferroviária brasileira. Cerca de 21 mil quilômetros da malha ferroviária nacional já possuem mais de 100 anos de existência, o que demonstra o baixo investimento em transporte ferroviário pelos sucessivos governos brasileiros. A maioria dos trens em circulação no território nacional é utilizada para transporte de cargas.
Desde 2013, a MRS vem reforçando o seu sistema de segurança. A partir da modernização dos sistemas de controle através do CBTC (Controle de Trens baseado em Dados) as falhas e acidentes diminuíram consideravelmente. Entre 2007 e 2013, período em que o volume transportado pela MRS cresceu cerca de 25%, a taxa de acidentes caiu de 6,3 para 2,5, uma melhoria expressiva para o segmento. O índice de acidentes de trabalho com afastamento, considerando toda a força de trabalho própria mais terceiros, reduziu 75% em três anos. A MRS possui hoje níveis de segurança compatíveis com segmentos como a indústria de petróleo e gás. Quanto aos acidentes nos trilhos, como atropelamentos, são difíceis de evitar, como explicou o maquinista Elismar Camargo: “Se vemos algo estranho de longe é possível acionar os freios e tentar a parada, mas se alguém aparecer de surpresa é praticamente impossível, pois o trem leva alguns minutos para parar totalmente”.
Interação
A MRS se preocupa também em promover projetos sociais e ambientais nas comunidades onde atua, além de buscar interagir com a população do entorno. Visitas aos Centros de Operação acontecem eventualmente no intuito de inserir a comunidade na realidade da empresa. Além disso, a empresa promove eventos e algumas viagens de trem destinadas aos familiares dos maquinistas. Esses eventos são realizados esporadicamente e visam promover a interação dos familiares dos funcionários e a empresa.
“A MRS apoia diversas atividades sociais e culturais. A empresa patrocinou, por exemplo, o terceiro Festival Internacional de Escultura em Pedra que aconteceu em Coronel Xavier Chaves, em junho deste ano. Este projeto foi aprovado pela Lei Rouanet”, informou o assessor de imprensa da MRS, Diogo Kling.
Em ações ambientais, a MRS foi a primeira ferrovia brasileira a receber certificação do Ibama e mantém, desde a sua criação, uma série de projetos de redução ou compensação de impactos. Mais de 116 mil m² de áreas degradadas ao longo da linha férrea foram recuperados e, paralelamente, a companhia implementou um programa de monitoramento da qualidade do ar, com 13 pontos de controle ao longo da malha. Em 33 comunidades e pontos críticos também é feito acompanhamento e correções da produção de vibração e ruídos. “Entre os projetos pioneiros estão o uso de dormentes criados a partir de polímeros com base em material reciclado e o uso de energia solar para a iluminação de pátios de manobra”, diz o Perfil Corporativo MRS de 2014.
A empresa se destaca ainda na gestão de pessoas, na relação com seus funcionários, através de uma política de remuneração e benefícios diferenciada. Somente em 2013, foram aplicados 517 milhões de reais em pessoal, benefícios e encargos. De acordo com levantamento das revistas Exame e Você S.A., a MRS figura na lista das “150 melhores empresas para se trabalhar”.
Maquinistas
Conforme explicou Diogo Kling, o treinamento e a formação dos maquinistas se dão através de parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial): “A MRS investe em cursos de capacitação de operadores ferroviários e chega a contratar cerca de 90% dos alunos formados. Só em 2014, foram formados mais de 100 profissionais, entre manobradores e auxiliares de maquinista, com previsão de conclusão de mais 200 operadores”.
Segundo a gerente de Treinamento e Desenvolvimento, Simone Souza, a principal vantagem do Programa de Formação de Mão de Obra é poder contratar um colaborador já capacitado para o setor ferroviário, especialidade difícil de se encontrar no mercado. "O conhecimento ferroviário é muito específico, por isso é importante que formemos nossos próprios colaboradores", destacou.
A MRS investe seis mil e seiscentos reais em cada aluno do curso de manobrador e 13 mil e quinhentos reais em cada aluno de capacitação em auxiliar de maquinista. Desde o início dos cursos, em 2004, a companhia treinou 1.501 auxiliares de maquinista, sendo que 1.336 foram contratados. A capacitação para manobradores, que começou em 2005, já instruiu 433 profissionais e destes, 308 foram admitidos.
O processo de seleção dos maquinistas é realizado através do site da MRS. Inicialmente, os alunos se candidatam às vagas. Após essa fase eles passam por diversas etapas de seleção. Durante as aulas são avaliados nos quesitos frequência, conteúdo e comportamento: “Só entra no banco de operador ferroviário - para aguardar a contratação - aquele que consegue avaliação acima de 80%. Depois de contratado, já dentro da MRS, eles têm a oportunidade de construir uma carreira ferroviária. Para isso, começam a prática para se tornar maquinista, que, para um auxiliar, pode durar de 12 a 15 meses”, concluiu o assessor de imprensa Diogo.
Fonte: Assessoria de Imprensa da MRS Logística.