Pescadores de Resende Costa nas águas do velho Chico
07 de Junho de 2008, por Rosalvo Pinto 0
Pescar em Resende Costa não é fácil. Aí por cima dessa laje só é possível pescar lagartixas, tanto que somos chamados de “lagartixas” pelo povo da região. Dos corgos (é “corgo” mesmo...) da redondeza os peixes infelizmente já sumiram há muito tempo, pela degradação ambiental de anos passados. Ainda assim a gente vê pescadores inveterados como o Tião da Caixa, o Né do Chico Daniel, o Camilo Bananeira, o Gilberto da Copasa, os filhos do Toninho Pacote, o Tinô e seu filho Vinícius, entre outros, andando pra lá e pra cá com varas de pescar na mão. Mas tem uma turma teimosa que gosta de andar bem mais longe atrás de peixes: o Joãozinho do Galo, o Dr. Luiz do Góes, o Ronaldinho do Antônio Pelado, o Jairo Angeli, o Adelino da Amélia, o Vicente do Açougue, o João Barriga, o Grilo do Antônio Honório, o Tino, o Vinícius e outros, de quem não me lembro agora.
Pois é. No ano passado, alguns dessa turma subiram até a cidade de São Francisco, norte de Minas, atrás de uma boa pesca. Pescaram e comeram tudo a que tinham direito. Voltaram pra casa com o fríser e as caixas térmicas entupidos de peixes. Como todo bom pescador, lógico, certamente acrescentando alguns centímetros e alguns quilinhos a mais nos peixes pescados. Até aí, tudo bem. Animados com o sucesso do ano anterior, programaram nova ida ao mesmo lugar. Dessa vez, com um inusitado pescador: o Pe. Geraldo, nosso pároco. Devem ter pensado: se os peixes não aparecerem, uma boa bênção pode ser melhor que uma ótima isca. Se alguém não sabia, o Pe. Geraldo, além de pescar almas, gosta muito de pescar seus peixinhos. Assim, subiram Minas acima o Joãozinho, o Luiz, o Ronaldinho, o Jairo, o Pe. Geraldo, o tradicional e famoso mestre-cuca Faé e mais dois metidos a pescador, pescadores de meia-vara, eu e meu filho Cláudio, o Cacau. Prepararam tudo com esmero. Botaram uma baita tralha nas camionetes e partiram felizes.
Para quem ainda não teve essa experiência, não tem nada mais gostoso do que entrar num barco e subir e descer o São Francisco. Há todo o clima de magia, de encantamento e de glamur (sic!) do famoso rio. A gente até se esquece dos peixes. Basta ver o amanhecer, o pôr-do-sol ou o entardecer, apoitado lá no meio do sonolento rio. Mas quando baixa a noite, o céu estrelado, com os primeiros clarões da lua refletidos no espelho das águas, aí a coisa fica indescritível. Pura curtição.
Bem, mas voltemos aos nossos heróis. Como estão na ordem do dia as questões ambientais envolvendo Amazônia, florestas, protestos, índios revoltados, transposição do São Francisco etc. constatou-se, na prática, que, em relação ao ano anterior, a degradação da natureza pode ter interferido não só na pesca, como também na própria navegação. Mesmo assim, nossos experientes pescadores, munidos da licença do IBAMA e de variados tipos de iscas (sarapó, minhoca, minhocuçu, coração de boi, milho cozido, massa de pescar) conseguiram um bom resultado em sua empreitada. Valeu a reza e a bênção do Pe. Geraldo. Bons dourados, com destaque para assanhadas piranhas. Não deram trégua. À vista de tantos homens, as lambisgóias do rio foram comendo, um a um, os caros sarapós. Como sempre, morreram pela boca... e vão acabar na boca dos pescadores.
Muitos peixes foram devolvidos ao rio por não terem o comprimento exigido. Vi, por exemplo, o Jairo pegando dois dourados de uns 40 ou 45 centímetros (sem mentira de pescador!). Quando a gente via, lá longe, aquele primeiro salto brilhante de ouro e prata, dava até água na boca. Aí ele vinha trazendo o bicho com calma e maestria. A fisgada e esse arrasto fazem o momento mágico da pesca. Jogou dentro do barco, soltou o anzol, fez uma carícia neles e os jogou no rio.
Além dos peixes, ficam na lembrança a beleza e a gostosura do rio, o prazer de pescar, o companheirismo, as brincadeiras e gozações que não pouparam nem mesmo o nosso Pe. Geraldo, os palavrões, os apelidos gritados ao cruzar com o barco dos colegas, o gostoso papá e os quitutes do Faé, o churrasco do Jairo, os peixes assados do João do Galo, a briga pelos sarapós, as minipizzas no café da manhã, os causos de Resende Costa, a cervejada e, claro, os 9 litros de cachaça.
A turma voltou satisfeita, já com o pensamento na próxima. Esse pessoal gosta tanto de pescadas que me faz lembrar a estória do pescador caipira. Lá um dia, voltando de uma dessas, o compadre lhe perguntou: muito peixe, cumpadre? Nada, sô, ninhum. Cinco dias sem nehuma biliscada. Mais cumpadre, não é possível! Como agüentou isso? Uai, cumpadre, nossa senhora, pescá já é tão bão e ocê ainda qué que eu pegue peixe?
Pois é. No ano passado, alguns dessa turma subiram até a cidade de São Francisco, norte de Minas, atrás de uma boa pesca. Pescaram e comeram tudo a que tinham direito. Voltaram pra casa com o fríser e as caixas térmicas entupidos de peixes. Como todo bom pescador, lógico, certamente acrescentando alguns centímetros e alguns quilinhos a mais nos peixes pescados. Até aí, tudo bem. Animados com o sucesso do ano anterior, programaram nova ida ao mesmo lugar. Dessa vez, com um inusitado pescador: o Pe. Geraldo, nosso pároco. Devem ter pensado: se os peixes não aparecerem, uma boa bênção pode ser melhor que uma ótima isca. Se alguém não sabia, o Pe. Geraldo, além de pescar almas, gosta muito de pescar seus peixinhos. Assim, subiram Minas acima o Joãozinho, o Luiz, o Ronaldinho, o Jairo, o Pe. Geraldo, o tradicional e famoso mestre-cuca Faé e mais dois metidos a pescador, pescadores de meia-vara, eu e meu filho Cláudio, o Cacau. Prepararam tudo com esmero. Botaram uma baita tralha nas camionetes e partiram felizes.
Para quem ainda não teve essa experiência, não tem nada mais gostoso do que entrar num barco e subir e descer o São Francisco. Há todo o clima de magia, de encantamento e de glamur (sic!) do famoso rio. A gente até se esquece dos peixes. Basta ver o amanhecer, o pôr-do-sol ou o entardecer, apoitado lá no meio do sonolento rio. Mas quando baixa a noite, o céu estrelado, com os primeiros clarões da lua refletidos no espelho das águas, aí a coisa fica indescritível. Pura curtição.
Bem, mas voltemos aos nossos heróis. Como estão na ordem do dia as questões ambientais envolvendo Amazônia, florestas, protestos, índios revoltados, transposição do São Francisco etc. constatou-se, na prática, que, em relação ao ano anterior, a degradação da natureza pode ter interferido não só na pesca, como também na própria navegação. Mesmo assim, nossos experientes pescadores, munidos da licença do IBAMA e de variados tipos de iscas (sarapó, minhoca, minhocuçu, coração de boi, milho cozido, massa de pescar) conseguiram um bom resultado em sua empreitada. Valeu a reza e a bênção do Pe. Geraldo. Bons dourados, com destaque para assanhadas piranhas. Não deram trégua. À vista de tantos homens, as lambisgóias do rio foram comendo, um a um, os caros sarapós. Como sempre, morreram pela boca... e vão acabar na boca dos pescadores.
Muitos peixes foram devolvidos ao rio por não terem o comprimento exigido. Vi, por exemplo, o Jairo pegando dois dourados de uns 40 ou 45 centímetros (sem mentira de pescador!). Quando a gente via, lá longe, aquele primeiro salto brilhante de ouro e prata, dava até água na boca. Aí ele vinha trazendo o bicho com calma e maestria. A fisgada e esse arrasto fazem o momento mágico da pesca. Jogou dentro do barco, soltou o anzol, fez uma carícia neles e os jogou no rio.
Além dos peixes, ficam na lembrança a beleza e a gostosura do rio, o prazer de pescar, o companheirismo, as brincadeiras e gozações que não pouparam nem mesmo o nosso Pe. Geraldo, os palavrões, os apelidos gritados ao cruzar com o barco dos colegas, o gostoso papá e os quitutes do Faé, o churrasco do Jairo, os peixes assados do João do Galo, a briga pelos sarapós, as minipizzas no café da manhã, os causos de Resende Costa, a cervejada e, claro, os 9 litros de cachaça.
A turma voltou satisfeita, já com o pensamento na próxima. Esse pessoal gosta tanto de pescadas que me faz lembrar a estória do pescador caipira. Lá um dia, voltando de uma dessas, o compadre lhe perguntou: muito peixe, cumpadre? Nada, sô, ninhum. Cinco dias sem nehuma biliscada. Mais cumpadre, não é possível! Como agüentou isso? Uai, cumpadre, nossa senhora, pescá já é tão bão e ocê ainda qué que eu pegue peixe?
Bons tempos do teatro e do cinema em Resende Costa (I)
19 de Maio de 2008, por Rosalvo Pinto 0
Que pena que o teatro e o cinema literalmente desapareceram de nossa cidade. Acredito que ambos tiveram seu tempo de ouro nas décadas de 30 a 60, quando entraram em decadência. No caso do teatro, vieram posteriormente tentativas esparsas, até muito boas, que também não foram adiante. Quanto à “sétima arte”, coitada, essa desapareceu de vez.
O velho (e abandonado) teatrinho está aí como prova disso. Foi inaugurado, imaginem, lá pelo ano de 1916. Por muitos anos foi o “palco”, no sentido literal da palavra, de numerosas e boas peças teatrais. Pela sua tela, começando pelo cinema mudo, desfilaram filmes que se tornaram célebres. Com a inauguração do Salão Paroquial, em 1952, obra da garra do vice-pároco da época, o Pe. Adelmo, o Teatro Municipal foi ficando abandonado. Na década de 60 virou um simples salão de bailes, sobretudo carnavalescos. Na década de 70 me lembro de ter tirado uma foto de sua fachada: dava pena e revolta: parecia um “out-door” de propagandas eleitorais, coladas em toda sua fachada. Foi parcialmente recuperado na administração do Prefeito Camilo de Lélis (1989-1992), quando passou a ser gerenciado pelo grupo cultural “Casa de Cultura”. Com o fim das atividades desse grupo, nosso teatrinho voltou ao estado em que hoje se encontra: sede da Biblioteca Municipal, no anexo, nos camarotes, depósito de livros amontoados e empoeirados e de documentos (importantes!) do município esparramados pelo chão, de fantasias de blocos carnavalescos, zorra total. E ainda por (a)cima, infestado de pombos, com seus cocôs, piolhos e arrulhos. Tem até um “Judas” horroroso, dormindo seu sono eterno num caixão, assustando quem entra lá. Pra consolo, pelo menos serve como espaço para os ensaios da Banda Santa Cecília, coitada, no meio daquela escuridão, confusão e mau cheiro. Corre um bochicho de que vem reforma boa por aí... Tomara!
O teatro é uma forma de expressão simbólica importante na sociedade humana. Teve seu esplendor desde os tempos da civilização greco-romana. Além de simbólica, é uma forma rica de expressão artística. Através do teatro “representam-se” a vida, os costumes, os problemas, as alegrias e as angústias dos seres humanos. Falando meio grosseiramente, o cinema apenas transportou o teatro para as telas, com a aplicação de tecnologias cada vez mais eficientes.
O nosso conterrâneo Zé Nicodemos, o Zé do Alfredo, tem uma memória invejável, uma memória de elefante. Um arquivo, com detalhes, de muita coisa de nossa história a partir da década de 30. Conversar com ele sobre isso é uma delícia, um privilégio. Depois de pouco mais de uma hora, vejam só quanto coisa foi brotando sobre o tempo áureo do teatro em Resende Costa, no século passado. Hoje, quase 60 anos depois, é difícil acreditar que se produziu tanta coisa boa e interessante naquela época. Numa história, segundo ele, dividida em três etapas, com datas não muito precisas, que vão de 1948 a 1968. Começou sob a liderança do Gentil Vale e terminou sob a batuta do Zé Ramos. Dessas etapas ele se lembra muito bem, com os nomes das peças encenadas e dos atores participantes.
Mas ele ressalta que, na verdade, a atividade teatral já era intensa na década de 30. O líder desse movimento era o Sô Agenor Gomes de Souza, avô do Agenorzinho Gomes. Aliás, quando o Zé Ramos assumiu a direção do grupo teatral, na década de 50, ele fez questão de dar ao grupo o nome de “Clube Teatral Agenor Gomes”. O Nicodemos se lembra ainda de alguns nomes de atores da década de 30: O Zé Reis (da Donana do Zé Reis), o Chico de Barros, a Sianinha e o próprio filho do Sô Agenor, o Totonho Gomes, este o pai do Agenorzinho.
Lembrei acima que em 1952/1953 foi inaugurado o Salão Paroquial, que acabou deixando o Teatro Municipal um pouco na sombra a partir dessa data. A inauguração do Salão Paroquial foi realizada num clima de muita festa. Afinal, era um mega-evento para a pequena cidade, que passava a ter dois espaços para teatro e cinema. Lembra o Zé Nicodemos que entre os atos festivos programados para a inauguração não poderia faltar um peça de teatro. O que de fato a aconteceu, com um detalhe tragicômico. Com a casa já cheia, o Arlindo do Tonico Chalé, que fazia parte da “trupe” da peça, joga uma guimba de cigarro no chão, ao pé da cortina do palco. Essa cortina, de um tecido aveludado roxo, disso me lembro eu, doação caprichosamente trabalhada pelas exímias costureiras das irmandades da igreja, em poucos segundos virou uma fogueira. Correria daqui, correria dali, foi-se a cortina, mas a peça foi encenada assim mesmo, temperada com um cheirinho de queimado.
Bem, mas a história do teatro e das etapas, com os nomes das peças e de seus atores, vai ficar para uma próxima edição. Aguardem.
O velho (e abandonado) teatrinho está aí como prova disso. Foi inaugurado, imaginem, lá pelo ano de 1916. Por muitos anos foi o “palco”, no sentido literal da palavra, de numerosas e boas peças teatrais. Pela sua tela, começando pelo cinema mudo, desfilaram filmes que se tornaram célebres. Com a inauguração do Salão Paroquial, em 1952, obra da garra do vice-pároco da época, o Pe. Adelmo, o Teatro Municipal foi ficando abandonado. Na década de 60 virou um simples salão de bailes, sobretudo carnavalescos. Na década de 70 me lembro de ter tirado uma foto de sua fachada: dava pena e revolta: parecia um “out-door” de propagandas eleitorais, coladas em toda sua fachada. Foi parcialmente recuperado na administração do Prefeito Camilo de Lélis (1989-1992), quando passou a ser gerenciado pelo grupo cultural “Casa de Cultura”. Com o fim das atividades desse grupo, nosso teatrinho voltou ao estado em que hoje se encontra: sede da Biblioteca Municipal, no anexo, nos camarotes, depósito de livros amontoados e empoeirados e de documentos (importantes!) do município esparramados pelo chão, de fantasias de blocos carnavalescos, zorra total. E ainda por (a)cima, infestado de pombos, com seus cocôs, piolhos e arrulhos. Tem até um “Judas” horroroso, dormindo seu sono eterno num caixão, assustando quem entra lá. Pra consolo, pelo menos serve como espaço para os ensaios da Banda Santa Cecília, coitada, no meio daquela escuridão, confusão e mau cheiro. Corre um bochicho de que vem reforma boa por aí... Tomara!
O teatro é uma forma de expressão simbólica importante na sociedade humana. Teve seu esplendor desde os tempos da civilização greco-romana. Além de simbólica, é uma forma rica de expressão artística. Através do teatro “representam-se” a vida, os costumes, os problemas, as alegrias e as angústias dos seres humanos. Falando meio grosseiramente, o cinema apenas transportou o teatro para as telas, com a aplicação de tecnologias cada vez mais eficientes.
O nosso conterrâneo Zé Nicodemos, o Zé do Alfredo, tem uma memória invejável, uma memória de elefante. Um arquivo, com detalhes, de muita coisa de nossa história a partir da década de 30. Conversar com ele sobre isso é uma delícia, um privilégio. Depois de pouco mais de uma hora, vejam só quanto coisa foi brotando sobre o tempo áureo do teatro em Resende Costa, no século passado. Hoje, quase 60 anos depois, é difícil acreditar que se produziu tanta coisa boa e interessante naquela época. Numa história, segundo ele, dividida em três etapas, com datas não muito precisas, que vão de 1948 a 1968. Começou sob a liderança do Gentil Vale e terminou sob a batuta do Zé Ramos. Dessas etapas ele se lembra muito bem, com os nomes das peças encenadas e dos atores participantes.
Mas ele ressalta que, na verdade, a atividade teatral já era intensa na década de 30. O líder desse movimento era o Sô Agenor Gomes de Souza, avô do Agenorzinho Gomes. Aliás, quando o Zé Ramos assumiu a direção do grupo teatral, na década de 50, ele fez questão de dar ao grupo o nome de “Clube Teatral Agenor Gomes”. O Nicodemos se lembra ainda de alguns nomes de atores da década de 30: O Zé Reis (da Donana do Zé Reis), o Chico de Barros, a Sianinha e o próprio filho do Sô Agenor, o Totonho Gomes, este o pai do Agenorzinho.
Lembrei acima que em 1952/1953 foi inaugurado o Salão Paroquial, que acabou deixando o Teatro Municipal um pouco na sombra a partir dessa data. A inauguração do Salão Paroquial foi realizada num clima de muita festa. Afinal, era um mega-evento para a pequena cidade, que passava a ter dois espaços para teatro e cinema. Lembra o Zé Nicodemos que entre os atos festivos programados para a inauguração não poderia faltar um peça de teatro. O que de fato a aconteceu, com um detalhe tragicômico. Com a casa já cheia, o Arlindo do Tonico Chalé, que fazia parte da “trupe” da peça, joga uma guimba de cigarro no chão, ao pé da cortina do palco. Essa cortina, de um tecido aveludado roxo, disso me lembro eu, doação caprichosamente trabalhada pelas exímias costureiras das irmandades da igreja, em poucos segundos virou uma fogueira. Correria daqui, correria dali, foi-se a cortina, mas a peça foi encenada assim mesmo, temperada com um cheirinho de queimado.
Bem, mas a história do teatro e das etapas, com os nomes das peças e de seus atores, vai ficar para uma próxima edição. Aguardem.