Voltar a todos os posts

Água: um recurso natural vital

16 de Abril de 2013, por Instituto Rio Santo Antônio

No dia 22 de março foi celebrado o Dia Mundial da Água. Data criada pela ONU com a finalidade de refletirmos sobre um recurso natural vital: a água.

Desde os primórdios, o homem escolheu se estabelecer próximo às nascentes e aos rios, dada a necessidade por água. Com o passar do tempo, foram atribuídas aos rios funções que até então não existiam, uma dessas era de transportar aquilo que não serve ou que é descartado pela sociedade, ou melhor, levar para longe do alcance dos olhos o resultado do uso da água: o que conhecemos como esgoto. Destaca-se que o lançamento dessas águas residuárias (esgoto) nos cursos d’água gera, como consequência, poluição e contaminação.

As fontes de água doce, as mais vitais para os seres humanos, são justamente as que mais recebem poluentes. Muitos lugares do planeta, cidades e zonas agrícolas correm sério risco de ficar definitivamente sem água. A poluição dos mananciais está entre os fatos mais graves, uma vez que esses são as fontes de abastecimento de água potável para a população das cidades.

A causa fundamental dessa tragédia ecológica, que pode eventualmente piorar se medidas sérias e sustentáveis não forem tomadas, é o aumento acelerado de várias formas de poluição, além da ocupação desordenada em regiões de preservação de mananciais. A utilização de recursos hídricos requer manejo adequado quando se quer evitar problemas de degradação do meio ambiente. O desmatamento das margens dos rios, a erosão, os lixões, a poluição dos cursos d’água são consequências do uso inadequado do solo, seja para uso agrícola ou para uso urbano. Podemos chegar a uma época em que não haja nenhum lugar no planeta com águas limpas.

Com aumento da população, cresce também a demanda por água para atender a satisfação humana em todos os seus processos, desde o uso mais nobre, o consumo humano, até outros usos, como dessedentação de animais, irrigação, consumo industrial, recreação etc. Dessa forma, se torna cada vez mais difícil atender em qualidade e quantidade a todos esses usos. A água vem perdendo poder frente a ações antrópicas.

No entanto, como a Natureza é sábia e generosa, a água possui a propriedade de autodepuração (purificação e recuperação das características naturais), ou seja, a água consegue eliminar naturalmente determinada carga de impurezas que nela é lançada. Evidentemente, trata-se de um processo lento e de ação prolongada, que na maioria das vezes não consegue estabilizar (depurar) a carga de poluentes dentro de prazos compatíveis com a sociedade moderna. Aí entra a ação benéfica do homem, com a criação de mecanismos para ajudar a Natureza nesse processo de depuração/regeneração da qualidade e das propriedades essenciais da água. Citam-se como exemplos a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e das fossas sépticas. Cabe mencionar que, recentemente, uma ETE está sendo construída em Resende Costa, com o objetivo de tratar o esgoto gerado pela população urbana.

A água não deve ser encarada como um recurso para atender exclusivamente ao homem, mas sim como fonte de vida para o planeta. De acordo com o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos da Água: “A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos”.

Nós, brasileiros e resende-costenses, somos privilegiados em poder usufruir de forma satisfatória de água, tanto em qualidade quanto em quantidade. Por outro lado, temos a obrigação de colaborar na preservação desse recurso vital, mas dotado de limites. Pequenas ações em nosso dia a dia são essenciais: evite o desperdício de água, não desmate as margens dos rios e o entorno de nascentes, não jogue lixo e entulho próximo a córregos, não jogue esgoto diretamente nos corpos d’água, plante mais árvores.

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário