Com a proximidade do verão, é comum presenciarmos as academias de ginásticas ficarem cada vez mais lotadas. Junto a esse cenário, pessoas recorrem desesperadamente a dietas restritivas em busca do tão sonhado “corpo de verão”. Assim que o verão termina, as academias começam a se esvaziar rapidamente e as dietas começar a ser abandonadas. Infelizmente, esse problema é recorrente todos os anos, pois, a maioria das pessoas apenas se contenta com resultados rápidos. Esses resultados podem até aparecer de forma rápida, porém, vão embora bem mais rápido do que imaginamos. Isso ocorre devido à inconsistência na manutenção dos hábitos que foram modificados perante muito sacrifício.

Devemos adquirir consciência de que a modificação do peso ou do físico e a manutenção de uma boa saúde requerem um processo contínuo de reeducação alimentar aliada à prática constante de exercício físico. É comum presenciarmos indivíduos que se submetem a dietas malucas, cortarem alimentos de forma restritiva e acreditarem que um único alimento será a salvação para o que procuram.

Não existe a melhor dieta e o melhor alimento. A mudança que procuramos é conquistada através da modificação da nossa relação com os alimentos, sem demonizá-los e muito menos superestimá-los. Ao trabalharmos o comportamento alimentar, nos tornamos aptos a realizar escolhas mais conscientes. Quando colocamos isso em prática, o resultado estético e a melhora da saúde acontecem de forma natural, não sendo tão rápido e nem tão demorado quanto imaginamos.

Vivemos em uma sociedade imediatista, onde a paciência é pouco exercida. Há que se entender que somos indivíduos racionais e emocionais e que devemos trabalhar a compreensão de que o nosso corpo não é uma máquina sob total controle. Em muitas ocasiões a situação pode sair um pouco do eixo. Quando isso acontece, cabe a nós detectarmos a raiz do problema e contorná-lo o mais rápido possível.

O ambiente externo, no qual estamos inserido, também exerce forte influência em nossas escolhas, como as reuniões em família, com amigos, no trabalho e a vida social. Porém, nessas ocasiões, quando encontramos os gatilhos que nos levam às más escolhas e modificamos o comportamento, aprendemos a priorizar aquilo que deve ser priorizado. Feito isso, as exceções, em ocasiões especiais, não serão tão prejudiciais.  

Saiba que dieta não é sinônimo de radicalismos, como ausência de vida social e exclusão de alimentos que gostamos, porém, não podemos comer o que quisermos, quando quisermos e na quantidade que quisermos. Devemos praticar o que chamamos de equilíbrio. A mudança nas nossas escolhas alimentares é um dos pilares para que isso aconteça.

Se você tem dificuldades de relação com a comida, sente culpa após comer determinado alimento e não consegue mudar, procure a ajuda de um profissional da nutrição que entenda do assunto. Mude o seu “projeto verão” para “projeto estilo de vida”.