Voltar a todos os posts

O futebol e a expressão cavalo paraguaio

17 de Novembro de 2021, por Vanuza Resende

Entre tantos memes que recebi e acompanhei nas redes, o tal do cavalo paraguaio foi recordista. O amigo internauta sabia que o Galo tinha perdido alguma coisa, e os que gostam de futebol sabiam que o Atlético Mineiro tinha sofrido uma das maiores ironias do mundo da bola: perder, sem perder. Perdeu a chance de classificação, mas não perdeu nenhum jogo, empatou. E, sei lá, mas tenho pra mim que o “quase” é pior do que o “passou longe”. Pelo menos, tive essa impressão lá no 27 de setembro.

Um mês depois, estava lá na minha linha do tempo o cavalo paraguaio de novo. Mas que coisa! Eu já vi muito cachorro invadir campo, em especial na Libertadores, mas cavalo não, uai. E nem era Libertadores para ter um doguinho caramelo. Era Copa do Brasil. E, dessa vez, o animal era do Flamengo. Mudou de dono em trinta dias. E eu mudei a opinião.O ‘passar longe’ e ser goleado na semifinal – em que você era o favorito – é pior do que ficar no “quase”.

O programa de esportes, após a eliminação do Flamengo, poderia ter começado de tantas formas que eu nem sei calcular. Mas preferi começar explicando isso aqui: “Lá em 1933, contrariando todas as expectativas, ‘Mossoró’, um cavalo pernambucano de descendência paraguaia, acabou vencendo a prova no Hipódromo Brasileiro, situado no Rio de Janeiro, e arruinando o prognóstico dos mais experientes apostadores. E aí, toda vez que um time inesperadamente conquistava vitórias, os cronistas esportivos anunciavam a presença de um ‘cavalo paraguaio’. Nesse caso, espera-se do time chamado de ‘cavalo paraguaio’ uma queda de rendimento no final da competição. Dessa forma, acabam frustrando os seus torcedores e deixando que times de maior regularidade encabecem o campeonato”. Para falar verdade, acredito que depois da vitória de 1933, o Mossoró só perdeu, e já sabemos que perder pode significar empatar.Aí sim fica mais claro o porquê da expressão!

Entre justificar o motivo da eliminação dos favoritos e listar que nem mesmo a volta de Bruno Henrique e Gabigol ao time do Flamengo surtiram efeito para uma defesa espetacular do Athletico-PR. Um 2x2 em Curitiba não serviu de lição.Então, meu caro, receba aí um 3x0 para acordar para o jogo, os próximos, é claro. Do lado do Galo, a torcida elegeu seus culpados: Nathan Silva tinha mesmo que perder pro Véron? Até podia, se não fosse desse lance o gol palmeirense. E, claro, sem esquecer da pipoca que Hulk serviu e errou na marca da cal, não dá!

Por isso, ao invés de estender a justificativa, preferi explicar a tal expressão. Passadas as eliminações de Atlético na Copa Libertadores, e Flamengo na Copa do Brasil, espero fortemente que o Atlético largue para lá isso de querer ter outro bicho e fique apenas com o Galo. E por falar em bicho, entre Urubu e Porco, fico é com o Mossoró!

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário