Na final da Copa do Brasil, o Atlético não foi páreo para os cariocas, que souberam impor seu ritmo e ditar o tom dos dois confrontos. A derrota por 3x1 no Maracanã já havia deixado o Galo em uma situação difícil, e o jogo de volta, na Arena MRV, não trouxe o poder de reação esperado. Foi uma partida na qual as diferenças entre os dois elencos se mostraram claras, tanto em campo quanto na organização. Resultado justo para os rubro-negros.
O Atlético é um time ruim? Não, longe disso. O Flamengo tem um elenco superior? Sim, é isso. Esse é o time do Felipe Luís, um técnico jovem que dá esperanças de uma equipe pra cima, bem construída. Ele foi ousado nas construções das jogadas e nas substituições. Sacar Gabigol no intervalo não é para qualquer um. Mas talvez seja para quem tem Bruno Henrique no banco e uma vantagem de dois gols nos últimos 45 minutos de uma final de 180. E Felipe Luís não pensou no talvez. Fez e muito bem feito!
O rubro-negro jogou como quem já sabia o final da história. Enquanto isso, o Galo, mesmo em casa, não conseguiu organizar uma reação à altura. O que doía na torcida do “eu acredito”, no entanto, não foi apenas a superioridade flamenguista em campo. Na Arena MRV, cenas de desordem e vandalismo jogaram ainda mais água fria na esperança de que a nova casa do Galo fosse um reduto imbatível. Torcedores pulando catracas, cadeiras danificadas, sinais de uma administração que precisa amadurecer muito mais do que o time em campo. A segurança foi ineficaz e a falta de controle resultou em cenas que refletiram não apenas uma derrota no placar, mas também uma fragilidade institucional. E era inacreditável que o capitão do time precisasse falar: “Parem com isso, aqui é a nossa casa!”
Se a chance do tri passou, a cabeça precisa estar no bi da Libertadores. O Galo volta a jogar, no dia 30 de novembro, uma final de Libertadores após 11 anos, precisa virar a página com urgência e focar no título da América. O desafio é grande, o adversário é um Botafogo que vai fazer um dos jogos da sua vida. Mas a história do Atlético também é feita de batalhas épicas. E, para a Libertadores, ele ainda está vivo. E só para lembrar, só perde título quem disputa uma final!