Voltar a todos os posts

Uma seleção que dá orgulho

15 de Julho de 2021, por Vanuza Resende

Mais um domingo de um jogão. E estou falando de jogo em que a gente levanta e senta no sofá naquele desespero, segura a onda para ir ao banheiro para não perder nem mesmo as reprises dos melhores momentos. Um jogão de bola na quadra e com rede. Brasil e Polônia se enfrentaram na final da Liga das Nações, e por 3 sets a 1, a nossa seleção conquistou o último título que faltava para a imensa galeria de troféus no mundo do vôlei, fechando a lista com todos os torneios possíveis na história do esporte.

A Polônia é uma velha algoz da seleção brasileira. Eles conquistaram os dois últimos títulos mundiais (2014 e 2018) justamente em finais contra o Brasil, além de terem tirado a possibilidade de o Brasil de subir ao pódio na Liga das Nações de 2019, quando venceram a disputa pelo terceiro lugar. 

Abrindo o primeiro set por 25 a 22, até se pensou que seria mais um episódio de domínio dos poloneses, mas os ataques e saques brasileiros mostraram a capacidade do time comandado por Carlos Schwanke, enquanto o técnico Renan Dal Zotto se recuperava da internação por causa da Covid-19.

A apresentação de gala no último dia 27 de junho é digna da grande trajetória do conjunto verde e amarelo. Estamos falando da principal campeã da história do vôlei: a brasileira. Alguns números comprovam a nossa supremacia nas quadras: tricampeã mundial – títulos que foram conquistados nos anos de 2002, 2006 e 2010. De novo, campeã três vezes: Copa do Mundo em 2003, 2007 e 2019.  

O título inédito de 2021, na verdade, não é tão inédito assim. Isso porque, na disputa da antiga Liga Mundial, a Seleção Brasileira conquistou o torneio por nove vezes, tornando-se a maior campeã. Porém, a contagem foi interrompida, já que a competição mudou de nome em 2018 e passou a ser chamada de Liga das Nações. (Mudou o nome, mas a seleção campeã...).

E não para por aí. Entre os principais títulos, mais três medalhas de ouro conquistadas nas Olímpiadas. A primeira veio em 1992. A segunda, em Atenas, no ano de 2004. E para finalizar, a terceira conquista olímpica aconteceu no Rio de Janeiro, em 2016. E pode pintar a quarta medalha, uma vez que a seleção chega embalada pela vitória.  

Por falar em Olimpíadas, em meio a todos os contratempos devido à pandemia, é chegada a hora de acompanhar, conhecer mais do nosso esporte e torcer. Talvez o leitor que parou no título ou, no máximo, avançou as primeiras linhas da coluna, pensou logo na seleção masculina de futebol, que fez um bom papel na Copa América na fase classificatória. (A edição do JL foi para a gráfica antes das quartas de final e espero que saia de lá com o Brasil campeão. Disputar bem a Copa América é uma coisa, no entanto a Eurocopa nos lembra do nível da Copa do Mundo). Mas precisamos pensar também no vôlei, no basquete, na ginástica, no ciclismo e na esgrima... Dar atenção ao tênis, ao baseball, judô, karatê e à natação. É preciso que mais equipes, duplas e trios, que mais brasileiros sejam dignos do orgulho de um país, que pode até ser do futebol, mas precisa ter espaço para mais, para muito mais.

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário