Países de língua portuguesa confirmam tradição em vacinação


Saúde

José Venâncio de Resende0

No momento em que se discute a obrigatoriedade da vacinação na União Europeia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou a campanha de vacinação contra a covid-19 em Portugal e em outros países de língua portuguesa, tais como Brasil e Cabo Verde (África). O baixo índice de vacinação em países pobres está diretamente relacionado com a escassez de vacinas e a falta de logística de distribuição.  

Portugal já vacinou, com as duas doses, 86,6% da população, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). E a campanha pela vacinação de reforço (terceira dose) vem ganhando agilidade nos últimos dias, com o plano de imunizar antes do Natal pelo menos a população mais vulnerável. 

Já no Brasil 63,7% da população estão totalmente vacinados (duas doses), segundo o Ministério da Saúde. Na África, Cabo Verde, país de língua portuguesa, tem o maior índice de vacinação, com 65,8% da população com as duas doses, de acordo com o Ministério da Saúde.

Portugal doou 4,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 a países pobres, principalmente na África. Mas apenas metade dessas doses já chegaram aos países de destino, de acordo com informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde). 

Portugal oferece vacinas diretamente aos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e ao Timor-Leste, conforme compromisso assumido em fevereiro deste ano, de disponibilizar pelo menos 5% dos lotes de vacinas adquiridos pelo país. 

Portugal doa, ainda, vacinas através da Covax - iniciativa que juntou a OMS às organizações Aliança Global para as Vacinas GAVI e Coligação para as Inovações de Prontidão Pandêmica (CEPI). A distribuição das vacinas entregues à Covax passa a ser da responsabilidade da iniciativa.  

 

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