Desde final de 2017, dois irmãos, de Itabuna (interior da Bahia), produzem em Portugal o típico queijo Minas Frescal (produto artesanal resultante da coagulação de leite de vaca fresco). Cida e Roberto são sócios da queijaria, de nome Estrela do Sul, localizada na freguesia de Sabóia, município de Odemira, no Baixo Alentejo. Além disso, fabricam outros tipos de queijos brasileiros, como o coalho.
A empresa familiar, que conta com uma colaboradora (e caminha para contratar o segundo), produz entre 700 a 900 unidades de queijo Minas Frescal por semana. A matéria-prima é do próprio Alentejo, tradicional região portuguesa na produção de leite de vaca. O fornecedor fica a 35 minutos da queijaria, conta Cida Berger.
A empresa tem pontos de vendas em várias cidades de Portugal, como Lisboa, Cascais, Setubal, Coimbra, Viseu, Vila Nova de Gaia, Açores e Lagos. São mercadinhos de produtos brasileiros, restaurantes e snack bar, informa Cida. “A maioria dos nossos clientes são brasileiros, mas estamos sentindo uma crescente procura, principalmente por parte dos portugueses e ingleses, pelos nossos queijos.”
Mas a empresa tem clientes em Espanha, Itália, Irlanda, França e Alemanha “e estamos em negociação com outros países”, revela Cida.
O início
Cida Berger era corretora de imóveis no Brasil quando, em 2016, veio a Portugal a passeio. “Tenho dois irmãos, Roberto e Adriana, que moravam em Portugal há bastante tempo e, desde a primeira vez que vim visitá-los, tive vontade de morar aqui.”
Então, Cida decidiu mudar para Portugal. “Conversei com meu irmão, que é o meu sócio, sobre que negócio poderíamos abrir aqui. Algo novo, que ainda não tivesse no mercado.”
Roberto sugeriu que começassem pelo queijo Coalho. “Então, fui correr atrás desse meu sonho: abrir meu negócio aqui em Portugal. Começamos a fabricar em casa, vendia através das redes sociais, entregava os queijos pessoalmente e fomos crescendo, aos poucos, ficamos mais conhecidos e aumentando a nossa produção gradativamente. Alugamos um ponto pequeno e começamos a crescer mais um pouco.”
Aí houve a necessidade de a empresa se legalizar e crescer, “como deve ser”, diz Cida. “As barreiras entrantes são imensas aqui. Foi quando nos mudamos para essa queijaria no Alentejo. Hoje, temos a certificação HACCP, que nos dá segurança para fabricarmos dentro da legislação em vigor. Nossos queijos passam por análise de seis em seis meses.”
A HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, em português) engloba controle de pragas, análises microbiológicas dos queijos, acompanhamento de engenheiro alimentar, segurança alimentar, etc..
LINK RELACIONADO:
https://portaldoqueijo.com.br/sobre-queijos/minas-frescal/
Edelci Cade - 31/08/2020
Parabéns, Cida e Roberto. Sucesso.
Sarah Melina - 31/08/2020
OMelhor queijo da vidaaa????