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“Nesta data querida”

17 de Abril de 2018, por Regina Coelho

“Equipe atual do Jornal das Lajes: André M. de Oliveira, Cássio Jônatas, Pe. Claudir P. Trindade, Denílson M. Daher, Ednanda D. Coelho, Márcia A. Resende, Paulo E. de Andrade, Rômulo E. de Sousa, Sérgio Ricardo, Tatiane S. de Resende, Wanessa de Paula”. Com essa escalação, o Jornal das Lajes entrou em campo, ou melhor, em circulação há exatos 15 anos.

Em seu editorial de estreia, O despertar do jornal, que apresenta o time citado acima, o pensamento é claro: “...construir um jornal para circular em toda a cidade é uma tarefa árdua, que exige de nossa parte uma enorme dose de compromisso com a sociedade resende-costense”. Ainda na primeira página, em matéria intitulada Liberdade, na coluna Soltando o verbo, Denílson M. Daher faz um levantamento histórico sobre esse pressuposto tão caro à humanidade. E arremata afirmando que “a finalidade (do JL) é agir como um elo entre a sociedade e os órgãos administradores e lutar pela justiça e pelo progresso de Resende Costa”.

Nas suas outras três páginas, o jornal traz matérias sobre o início da formação da nossa cidade, a Campanha da Fraternidade de 2003 (tema: Fraternidade e pessoas idosas), a Semana Santa, a arte e o artesanato, a ação nociva dos cigarros. Na coluna Jogo Aberto, que se mantém até hoje, o entrevistado é Gilberto Pinto, prefeito da época. Na última página, aparecem as Piadas do Zezinho e o Para Curtir, que vem a ser a programação festiva daquele mês.

E há mais. Três realidades expostas nessa primeira edição transformaram-se positivamente ao longo do tempo. Na coluna Giro Esportivo, hoje simplesmente Esporte, a matéria O esquecido Estádio dos eucaliptos (ilustrada com algumas fotos) e o conteúdo dela representam o passado. Revitalizado, o Campo do Expedicionário recebe boa atenção dos que por ele são responsáveis e devida utilização dos que o frequentam. Na seção Atualizando-se, o artigo é Moradores do bairro Pôr do Sol esperam providências do poder público em relação à situação precária do local. Atualizando para 2018 esse quadro. De “vista privilegiada”, como consta no texto de 2003, o Pôr do Sol oferece agora condições satisfatórias de moradia, contando com ruas pavimentadas. Reformado recentemente, o antigo Cruzeiro permanece como símbolo do bairro.

Na página de abertura, a charge de Cássio Jônatas mostra o interior do Teatro Municipal improvisado como biblioteca, um incômodo por um bom tempo vivido pela cidade. Pelos traços do artista os livros aparecem em desordem num ambiente decaído. A indagação Biblioteca Municipal... Resende Costa: cidade da leitura? aparece no alto da imagem. Pois bem! A resposta a isso, pelo menos no que diz respeito ao acolhimento físico adequado do acervo dessa importante instituição, pode ser encontrada num bonito prédio verde situado no Mirante das Lajes, tradicional ponto turístico da terra do artesanato. Cidade da leitura? Fica a dúvida.

No rodapé de cada página, doze pioneiros patrocinadores, que acreditaram nesse projeto de um jornal para Resende Costa, aparecem em destaque. Seguem fielmente ao nosso lado oito deles: Casa da Terra, Drogaria São Geraldo, Estylo Moda, Farmácia N. S. da Penha, Jolu Armarinho (Loja do João Bosco), Supermercado Bom Preço, Supermercado N. S. da Penha e Supermercado Sobrado.

Até onde se sabe, o Jornal das Lajes já atingiu o posto de periódico mais longevo da cidade, com tiragem e distribuição ininterruptas nesses anos de existência. E de uns tempos para cá, circulando ainda na vizinha São João del-Rei. Das 4 páginas de antes às 16 de agora, dos 2.000 exemplares do início aos 4.000 atuais, dos muitos que passaram por aqui trabalhando ou sendo notícia aos que aqui estão, muita coisa mudou. Para melhor, para você, LEITOR(A).

 

P.S.: Por uma feliz coincidência, neste abril de especial comemoração para o JL, celebra-se também o centenário de criação da Biblioteca Municipal Antônio Gonçalves Pinto, um marco relevante na história do também centenário município.

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