Simplesmente não dá para deixar de perceber e de viver o clima de fim de ano, de todo fim de ano, diga-se de passagem. Espalhado por toda parte, ele contagia a maioria das pessoas, que precisam mostrar fôlego para cumprir uma verdadeira maratona de atividades típicas dessa época. Nas escolas, o aperto é geral. Aqueles alunos que conseguiram garantir seus valiosos pontos ao longo do ano letivo respiram aliviados, antecipadamente vitoriosos. Outros buscam desesperadamente alcançar o mínimo exigido para aprovação. Nessa hora, contas e mais contas são feitas, refeitas e qualquer pontinho que vier é abençoado. Haja promessa também! E arrependimento pela malandragem escolar de quase todo mundo que se vê nessa situação. E o que dizer dos meus colegas professores “atolados até o pescoço” de tanto serviço? Essa parte prefiro esquecer. E os vestibulandos? Chega a ser desumana a carga de estudos a que muitos deles são submetidos. Mas também é muita pressão sobre os coitados.
Além dos limites escolares, encontra-se em curso uma corrida desenfreada e generalizada em busca mesmo do quê? Bom, as festas de confraternização não podem faltar, com elas, a quase sempre presença do amigo-oculto ou secreto, quase sempre nem tão amigo assim. Vá lá, seja tudo pelo espírito de Natal. E por falar nisso, é preciso comprar os presentes (ou lembrancinhas, como queiram). E a ceia natalina? Mais compras à vista. Olhe aí uma possível ambiguidade. Refiro-me a outros gastos iminentes, não ao acerto de contas. É que o impulso de comprar pode ser irresistível levando o consumidor a empurrar o pagamento em “suaves parcelas” para o ano seguinte.
É tempo também de formaturas. E tome mais correria! Lojas cheias, compras, grande agitação pelas ruas, encontros de despedida, preparativos de viagem com a turma da escola... Ufa! Que canseira! Acabou? Claro que não! E o réveillon, você vai passar onde? Quando é que você vai para a praia? Ah, chega! Fico por aqui.
Turma da Vaquinha
Não foi possível incluir na matéria da edição 79 do JL a colaboração do Rafael (filho da Terezinha e do Zé do Socorro) sobre a sua turma, a da Vaquinha. Faço isso agora.
No início deste século, como todo resende-costense que gosta de participar de uma turma, um grupo de amigos que se encontrava todo dia na “avenida” para tomar umas cervejas ou mesmo para aprontar qualquer peripécia que resultasse em boas risadas resolveu criar uma turma de Carnaval, dessas com camisa própria e com um nome divertido. Mas qual seria? Como já era cantado pelos amigos o grito de Carnaval “picisa, num picisa, é do leitinho, é da vaquinha...”, ficou então a Turma da Vaquinha.
A concentração do grupo acontecia na lanchonete do Alessandro (Totó, Lagartão). Depois que ela fechou, o QG se transferiu para o Theatro (bar nos Quatro-cantos), que também fechou as portas. O destino seguinte foi o Bar da Maura (na “avenida”), mas, com a mudança de lugar deste, o bar do Bruxo (o Ricardo da Clarita) passou a acolher o pessoal. Só que, adivinhem! Esse ponto também fechou. Parecia maldição. Agora a turma se encontra com mais frequência no bar do Toru (o Danilo) e em outros como os do Fumega, da Maura e do Didi.
Hoje a Turma da Vaquinha tem aproximadamente 30 integrantes, que se reúnem para organizar eventos como o Pingaril (futebol no Carnaval) e o Vaks Fest, este já na quarta edição. Idas a outras cidades para exposições, festivais e encontros também ocorrem. E mesmo quando não há nenhum evento, a turma não deixa de se reunir, pois cada integrante no mês de seu aniversário tem que doar para o grupo uma caixa de cerveja, o que ajuda a garantir mais uma festa, um churrasco... “picisa, num picisa, é do leitinho, é da vaquinha...”
Nota Final
Agradeço, sensibilizada, ao padre Josué as palavras elogiosas a respeito do artigo de setembro próximo passado (“Ouviram do Ipiranga...”). Faço o mesmo em relação a Sildes (do Bacana), que tem levado nosso jornal para a escola onde trabalha, na vizinha Lagoa Dourada. É muito bom chegar às pessoas pela palavra, melhor ainda é saber que nosso trabalho pode ser útil a alguém. Espero continuar sendo merecedora da atenção e do carinho de todos vocês e dos demais leitores deste cantinho do JL.
Mais uma reta final
13 de Dezembro de 2009, por Regina Coelho