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Cuidados com idosos

13 de Julho de 2010, por Luiz Antônio Pinto

Na nossa prática diária ambulatorial e hospitalar, é muito comum atendermos idosos com fraturas, as mais diversas. O idoso com fratura, cirúrgica ou não, complica ainda mais a sua vida, assim como a de seus familiares e cuidadores. Nesse sentido, alguns cuidados são necessários aos idosos, no que diz respeito à prevenção de fraturas.
 
A alimentação, é óbvio, vem em primeiro lugar: uma boa alimentação, com o correto aporte de proteínas, cálcio e íons, principalmente, fará com que os ossos sejam saudáveis, menos susceptíveis às fraturas (lembre-se de que o idoso tem osteoporose com muito mais frequência e intensidade – “ossos fracos”).
 
Em seguida, manter atividade física regular é fundamental também para o fortalecimento ósseo e muscular. Daí a importância dos grupos de terceira idade (danças, caminhadas, passeios, viagens etc.).
 
Por último, vêm os cuidados dentro de casa. O idoso é, na maioria das vezes, um paciente um pouco mais fragilizado do ponto de vista físico. Portanto, em sua casa, deverão ser eliminados os tapetes e pisos escorregadios; no banheiro, manter sempre uma cadeira plástica para facilitar o banho; pela casa, eliminar degraus, colocar alças metálicas no quarto, cozinha, rampas, banheiros, enfim, em todo o trajeto que o idoso utiliza no seu dia-a-dia.
 
Como se vê, são providências fáceis. Só quem cuida de um idoso fraturado sabe o quanto isto é complicado e penoso. Por que não prevenir???
 

MEV! (?)
 
Muito se fala em exame de colesterol. Todos querem fazê-lo, várias vezes no ano, discutir com os amigos qual está melhor etc. É a “febre nacional do exame de colesterol”. Mas isso basta?
 
Alguém já ouviu falar em MEV – “Mudança de Estilo de Vida”? A cardiologia/medicina moderna usou esta sigla para chamar a atenção acerca deste problema. É lógico que se trata de prevenção.
 
O colesterol é só um fator de risco das doenças cardiovasculares. E os outros? Alimentação correta (rica em fibras e proteínas, pobre em gorduras e açúcares etc.), controle do peso, tabagismo, ingestão de álcool, diabetes, vida sedentária, circunferência abdominal, triglicérides, estresse, tratamento de HAS (Hipertensão Arterial). Tudo isso precisa ser considerado e abordado numa consulta médica correta.
 
Não adianta dizer que o colesterol está em 180, mas fumar, beber e engordar descontroladamente...
 
E a genética que nos traz fatores de risco independentes? Assim, é preciso MUDAR O ESTILO DE VIDA.  Atuar sobre o maior número de fatores de risco.
 
É preciso “consciência e determinação” do paciente, “atitude firme, positiva, séria”. A dosagem do colesterol é somente “um detalhe a mais”.
 

PSF
 
Estamos preparando, na Secretaria Municipal de Saúde, a formação da nova (2ª) equipe do Programa de Saúde da Família (PSF). Com ela, atingiremos cerca de 80% da cobertura populacional na zona urbana do município. O restante dos bairros será contemplado nesta 2ª etapa do PSF. Ganha a população. A seleção será feita ainda este ano. A população será comunicada e orientada!

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