Atualmente, convivemos dia após dia com uma das maiores epidemias que atingem a humanidade: a obesidade. Uma pesquisa feita por um instituto renomado no exterior constatou que no mundo todo existem 2,1 bilhões de pessoas obesas. Em nosso país, de acordo com dados de 2013 do Ministério da Saúde, mais de 50% da população (100 milhões de pessoas) com mais de 18 anos e 30% das crianças (60 milhões de crianças) estão acima do peso adequado.
O ganho de peso pode decorrer de diversos problemas que muitas pessoas desconhecem e que, se controlados, podem contribuir para uma melhora da saúde, disposição e qualidade de vida. Vários são os fatores que contribuem para o ganho de peso em muitas pessoas, tais como: ansiedade, compulsão alimentar, genética, maus hábitos e falta de atividades físicas.
A ansiedade decorre de fatores emocionais que fogem do nosso controle. Muitas vezes, a saudade de um ente querido ou a espera ansiosa por alguma coisa podem nos fazer comer algo que o nosso corpo não necessita. O alimento consegue despertar sensações que nos fazem sentir mais tranquilos com a situação que está sendo enfrentada. Quando menos percebemos estamos fazendo disso uma rotina diária.
Pessoas relaxadas com a alimentação tendem a ter compulsão alimentar constantemente. Isso ocorre principalmente quando consumimos alimentos ricos em gorduras e açúcares. Estes alimentos estimulam liberações de hormônios pelo nosso cérebro, proporcionando-nos total sensação de prazer e bem-estar. Com essa sensação prazerosa, somos induzidos a comer desenfreadamente, enquanto houver alimento. Quem nunca passou por isso diante de uma barra de chocolate?
Sabemos da biologia que os genes tendem a ser passados dos progenitores para seus filhos. É aí que a genética influencia ou não na obesidade. Por conseguinte, as chances de uma criança com pais obesos também ser obesa cresce consideravelmente, podendo chegar a 80% de acordo com cientistas. E quando só um dos pais é obeso, a probabilidade é de 50%. Quando isso ocorre, é de suma importância que toda a família seja inserida em um plano alimentar elaborado, de acordo com as condições em que a família consiga se manter nele.
Se não bastassem estas causas, podemos destacar também a junção de maus hábitos com o sedentarismo. O cigarro, bebidas alcoólicas e o desleixo com alimentação e a falta de atividades física são fatores de destaque para que os sintomas da obesidade apareçam com mais frequência. A partir da obesidade, surgem diversas doenças crônicas não-degenerativas e ainda as complicações que elas nos trazem.
É muito importante ficarmos atentos se alguns destes comportamentos fazem parte do nosso dia a dia. Se constatado, o tratamento com o nutricionista, com o médico e até mesmo com um psicólogo se faz necessário.
Devemos ter em mente que para evitar o ganho de peso e os problemas que isso nos traz, não há milagre ou uma pílula mágica. O que podemos fazer é cuidar um pouco mais da nossa alimentação e praticar atividades físicas diariamente. Para isso, o acompanhamento com um nutricionista e com um educador físico seria eficaz. Isso faz com que tudo seja individualizado, de acordo com as necessidades e as limitações de cada pessoa, pois uma coisa que é boa para mim, pode não ser boa para você, podendo até piorar seu quadro de saúde atual. Cuide-se!