Coleta Seletiva - esclarecimentos


Voz do Cidadão

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“Algumas pessoas em Resende Costa ainda insistem na prática, nada honesta, de se apropriar de projetos e ideias que não são seus. Desta vez, o Jornal das Lajes, sem perceber, serviu como vitrine para divulgar coisas do tipo e publicou uma matéria - com o selo do Instituto Rio Santo Antonio – IRIS – sobre a Coleta Seletiva (Edição 126).

O texto é de autoria da Assistente Social da Prefeitura, Alessandra Guse dos Santos, que fala ser a Coleta Seletiva “... um trabalho digno e importante, que gera renda e cidadania...” Ela diz que “Em 2010, o Setor Municipal de Assistência Social recebia a proposta de um projeto modelo...” mas não teve a honestidade nem a hombridade necessárias para dizer como, de quem e de que forma. Sua ousadia avançou ainda mais ao dizer que “A montagem do projeto contou com vários setores da Prefeitura...” e passou para o leitor, claramente, a ideia de que a autoria foi da Prefeitura. Isto não corresponde à verdade.

Pelo contrário; no primeiro momento, totalmente alheia a um assunto desconhecido até então, a Prefeitura apresentou resistência ao projeto da Coleta Seletiva; resistência e desinteresse. O então Prefeito Sr. Adilson (PT) nunca procurou conhecer pessoalmente a natureza da Coleta Seletiva, a finalidade, a necessidade dela, os muitos benefícios como alguns que foram citados na matéria, nem o autor do projeto. Na procura por alguém interessado em Coleta Seletiva, o assunto acabou indo parar na Assistente Social, a própria Sra. Alessandra, porque o envolvimento com mão de obra servia aos interesses dela mesma, que cuidava do programa Bolsa Família e o governo federal começava a exigir que os beneficiários da Bolsa fizessem algum tipo de trabalho social e, até então, não sabiam como resolver isso. Quando o projeto da Coleta Seletiva lhe caiu nas mãos, serviu como uma luva para a solução do seu problema; esse foi o motivo do interesse. A questão não era com o meio ambiente; a intenção não era a de resolver o problema do lixo. Foi assim, a verdade manda dizer, que a coisa começou.

Entretanto, diz o bom ditado, tudo o que não começa bem termina mal. O que Resende Costa tem hoje é apenas uma aparência de Coleta Seletiva; um engodo; uma imitação de trabalho que não é feito como é preciso, importante e imperativo, mas mantém aparências e acomoda situações. O fato é que existe um lugar onde se separa material (contaminado!); existe um caminhãozinho de coleta circulando; existe uma propaganda na rádio sobre horários de coleta...  A Prefeitura se considera satisfeita com o status quo e a coisa vai rolando dessa forma.

A matéria diz que “A ideia de inserir no projeto os presos em regime fechado, com bom comportamento, veio do então secretário de Agropecuária e Meio Ambiente.” Não corresponde à verdade. Isso está devidamente previsto no projeto original de Coleta Seletiva Modelo, só que na fase seguinte à implantação, quando tudo estiver funcionando corretamente, para evitar problemas para as unidades penitenciárias. Dá certo quando feito com o devido cuidado.

São estes os principais esclarecimentos que cabem ser feitos, a bem da verdade. Espero que o Jornal das Lajes cumpra o seu papel com imparcialidade e publique estas informações.

 

 

Antonio Carlos M. Gonçalves  - autor do Projeto Original de Coleta Seletiva Modelo”

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