Marcos Losekann: principal correspondente da Globo em Londres


Agência de Notícias

Ayalla Simone e Rodrigo Antunes0

Na verdade, iniciou sua carreira em 1984 na RBS TV, no Rio Grande do Sul, que é afiliada da Rede Globo de Televisão. Depois de passar pelas emissoras de televisão de Pelotas e Caxias do Sul, e tendo ainda trabalhado na Rádio Gaúcha de Porto Alegre (RBS Rádio), transferiu-se para Santa Catarina, onde prosseguiu como repórter da RBS TV Florianópolis.

 Atua como correspondente internacional desde 1984, quando foi enviado especial pela Rede Globo para cobrir a guerra do Equador x Peru, em Quito. Após o conflito, retornou ao Brasil e trabalhou na TV Globo do Rio e de São Paulo. Em julho de 2000, ele foi transferido para o escritório de jornalismo da Globo, em Londres, aonde trabalhou até 2004, seguindo então para Jerusalém, Em dezembro de 2006, Losekann foi convidado pela direção da Central Globo de Jornalismo para voltar à Londres, dessa vez na condição de correspondente-chefe do escritório de jornalismo da emissora em Londres, com abrangência de cobertura em toda a Europa, África, Ásia e Oriente, em geral. Atualmente Marcos Losekann coordena o escritório da TV Globo em Londres, sendo também seu principal correspondente.

Entre os países em que o repórter trabalhou, é possível citar: Quito, Londres, Líbano, Israel, Cisjordânia, Palestina, além dos países latinos ao redor do Brasil e na América Central. Os dez anos de morte da princesa Diana foi um dos eventos que marcaram sua carreira, além da cobertura dos conflitos entre palestinos e israelenses.

O repórter internacional preferiu trabalhar no exterior pela experiência, pela grandeza dos fatos, pela novidade e pela descoberta. Ele acredita que o jornalismo é procura eterna, é busca perene. “Não que no Brasil a fonte houvesse secado. É que eu já tinha cumprido uma longa jornada no Brasil e achava que precisava desbravar novos campos. O jornalismo internacional surgiu nesse momento de ansiedade profissional. Coube como uma luva em minhas inquietudes de repórter. É bom estar presente onde a história está sendo escrita. Pena que muitas vezes a tinta da caneta é sangue humano. De qualquer forma, fazer parte disso é uma dádiva, pois, como jornalista, sinto que posso colaborar. Formar opinião isenta e independente é uma forma de ajudar”.

Ele afirma que ser brasileiro só ajuda a trabalhar no exterior. “Nossas belezas naturais, as belezas de nossa gente, nosso carnaval, nosso futebol e nosso comportamento pacífico são ''abre-alas,'' declara. “O futebol, então, é o carro-chefe. Basta chegar e falar que sou brasileiro, em qualquer área de conflito, que as portas se abrem. Todo mundo conhece os jogadores da nossa seleção”, acrescenta. “Costumo dizer que na minha equipe trabalham o Ronaldinho, o Kaká, o Dida, o ''Fenômeno'' etc. Eles ''estão'' sempre comigo, me ajudando a me manter seguro e a seguir em frente”. (Entrevista cedida a Marie Claire em Setembro de 2006).