Construção civil em Resende Costa a pleno vapor: 95 novos imóveis por ano


Notícia

José Venâncio de Resende0

Cresce o número de construções em Resende Costa (Foto José Venâncio)

Em média, 95 novos imóveis, entre residências e lojas comerciais, são construídos anualmente em Resende Costa, o que mostra que o setor de construção civil está de vento em popa. Além disso, cerca de 40 imóveis são reformados e ampliados por ano, de acordo com Eurides Arcanjo do Carmo Cruz, do Setor de Cadastro da Prefeitura Municipal.

O número de edificações em Resende Costa atingiu 3.475 unidades, contra cerca de 3.000 unidades em 2008. Para efeito de comparação, o município tinha 4.217 veículos cadastrados até dezembro do ano passado.  

“A movimentação no sentido do aumento das construções em Resende Costa (assim como em qualquer cidade do Brasil) é notória aos olhos de qualquer um”, diz o engenheiro civil Leandro Kloser. Ele, por exemplo, teve demanda de uma média de 6 a 7 projetos em 2009. Já em 2012 foram por volta de 15 projetos, mais que o dobro. “A maior procura foi por projetos comerciais (principalmente lojas de artesanatos). Mas os projetos de residências não ficaram atrás: foram quase metade em 2012”.

 

Estímulo federal - Os clientes estão cada dia mais "antenados" no que se refere à construção civil, ou seja, “querem o que tem de melhor no mercado”, observa Kloser. Para o engenheiro, vários fatores influenciaram nesse crescimento. Um exemplo é a ajuda das entidades federais à construção civil, como a redução de impostos de material de construção por parte do governo, aliada às facilidades para o financiamento da casa própria. “Isto, sem falar no próprio crescimento da economia, principalmente ´daqueles´ classificados como classes C e D”.

Kloser cita ainda programas como o "Minha casa, minha vida", da Caixa Econômica Federal. “A oferta de empréstimos a juros baixos para família, mediante à comprovação de renda, tem ganhado cada vez mais espaço e transformado o sonho da casa própria em realidade para muitos brasileiros”. 

Outros especialistas, como um projetista que atua neste mercado, observam grande aumento no número de construções nos últimos 12 a 15 anos, principalmente no centro e na Avenida Alfredo Penido. Ele lembra que o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) notifica obras a partir de 40 m2, mas o INSS considera como “casa popular”, para efeito de isenção, imóveis com até 70 m2. Ou seja, imóvel acima de 70 m2 deve ser lançado no INSS.

O crescimento da construção civil reflete no mercado de mão de obra especializada. “Está faltando pedreiro no mercado”, diz o pedreiro José Eduardo Procópio. Além disso, muitos pedreiros estão preferindo trabalhar registrados principalmente na mineração de Congonhas e na siderúrgica de Jeceaba.

O pedreiro está ganhando em média R$ 80,00 por dia, das 7 às 17h, de segunda a sexta-feira. Procópio garante que “sai de um serviço e já começa outro”. Uma obra de 250 m2 leva cinco meses para ser levantada, sem o acabamento. Mas, em geral, Procópio constrói obra comum (casas de 70 a80 m2), que “leva um mês para ser levantada, se for do tipo tijolo baianão”.

 

Exigências – A execução de uma obra, seja construção, reforma ou ampliação, exige alvará de licença, escritura do imóvel e projeto de construção, informa Eurides. “A fiscalização é feita no início da obra, quando se exige o alvará de licença para execução da obra e, no caso de construção nova, o alinhamento e nivelamento. E no final da obra se exige o habite-se (documento expedido pelo cadastro imobiliário, comprovando que as obras podem ser ocupadas e suas finalidades exercidas)”.

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