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A cobra, mascote do Expedicionário Sport Clube

15 de Setembro de 2017, por Maria de Fátima Albuquerque

A cobra, também chamada de serpente, é um réptil de corpo cilíndrico e alongado e sem patas, e, ao contrário do que muita gente pensa, são poucas as espécies capazes de causar danos aos seres humanos porque nem todas produzem venenos, como as jiboias e sucuris.

Por ser um animal místico e que desperta curiosidade, haja vista ser a figura central de “Adão e Eva no Paraíso”, alguns contos e fábulas infantis a têm como personagem. Podemos citar, entre outros, “A Serpente Branca”, dos Irmãos Grimm, “Coralina, a Cobra que Cobrava”, “O Sapo e a Cobra”, “A Bela e a Cobra” e até a música “A Cobra e o Pezinho de Limão”.  

Pertencente ao Reino Animalia, Classe Reptilia, Subordem Serpentes, as cobras são carnívoras, se alimentando de pequenos animais, aves, ovos e insetos. Algumas têm uma picada venenosa para matar as suas presas antes de as comerem e outras matam por estrangulamento. Como possuem uma mandíbula flexível, suas presas são devoradas por inteiro, mesmo que tenham um diâmetro maior do que elas próprias.

Característica interessante das cobras é que a maior parte delas põe ovos e a maior parte delas os abandona pouco depois da ovoposição, no entanto, algumas espécies são ovovivíparas e retêm os ovos dentro dos seus corpos até estarem prestes a eclodir.  

No Brasil existem, pelo menos, 370 espécies de cobras, com variados tamanhos, formas e cores, sendo que entre as mais conhecidas estão a cascavel, surucucu, cobra- verde, jiboia, jararaca, coral, urutu, sucuri, caninana e cobra d’água.  

Por ser um animal silvestre, a cobra tem sua vida protegida pela lei de crimes ambientais (Lei Federal nº 9.605/98) e pela Constituição Federal, em seu artigo 225, § 1º, inciso VII, que veda atos de crueldade contra animais, incluindo tanto os silvestres quanto os domesticados ou domésticos, configurando dano ao meio ambiente.          

O símbolo da FEB (Força Expedicionária Brasileira) é uma cobra fumando cachimbo e o lema é “A Cobra vai Fumar”. O lema surgiu durante o início da Segunda Guerra Mundial como uma provocação da FEB aos mais pessimistas que diziam: “É mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”. Acontece que o Brasil foi para a guerra, enviando para combate na Itália cerca de 25 mil pracinhas, por isso a adoção pela FEB desse símbolo, aparecendo, inclusive, nos uniformes das tropas.

O Expedicionário Sport Clube, o mais tradicional e querido clube de nossa cidade, fundado em maio de 1946 por Antônio Argamim de Freitas, o Totonho do Sobico, pertencente à FEB e pracinha na 2ª Guerra Mundial, também adotou a cobra como sua mascote.

De acordo com o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/98) quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com ela, pode pegar pena de seis meses a um ano de detenção, e multa. Portanto, ao se depararem com cobras em estradas ou em outros logradouros, em situações que não oferecem risco à vida humana, o recomendável é desviar desses animais ou espantá-los e, caso seja necessário, acionar os órgãos competentes para fazer a captura, pois, do contrário, se estará sujeito às penalidades do crime de caça ilegal.

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