Voltar a todos os posts

Animais terapeutas

11 de Novembro de 2016, por Maria de Fátima Albuquerque

Desde criança sempre tive animais e, hoje, cheguei à conclusão que eles me ajudaram a ter uma infância feliz, tranquila e crescesse de forma saudável física e mentalmente.

Atualmente, existem diversos tratamentos envolvendo a utilização de animais em hospitais, clínicas, casas de saúde, escolas e em lares de idosos. É cada vez mais comum a colaboração dos pets na recuperação de pacientes dos mais variados casos clínicos.

Denominados de Zooterapia ou Terapia Assistida por Animais (TAA), esses tratamentos podem ser feitos em pacientes de diferentes faixas etárias, sendo dirigidos por equipe multidisciplinar capaz de escolher qual o método mais adequado a ser aplicado, o tipo de animal e a evolução do paciente antes e depois da introdução do mesmo.

A Zooterapia visa a estudar a interação do ser humano com o animal, mas sob o ponto de vista terapêutico e educacional, tendo o animal não apenas como companhia, mas estudado e colocado de forma a ajudar as pessoas, sobretudo quando elas se encontram em situações de estresse e depressão.

O tratamento com animais tem aplicações em diversos casos, como: AVC, lesão cerebral, esclerose múltipla, depressão, síndrome do pânico, fobias, idosos que sofrem de solidão e depressão, hiperatividade, déficit de atenção, pacientes hospitalizados, crianças e adultos com problemas de aprendizagem, Alzheimer, esquizofrenia, deficiências motoras, autismo, síndrome de down, entre outras.

No hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo, a entrada de animais de estimação é liberada desde 2009, desde que o médico responsável pelo paciente autorize, tendo sido constatado que o tempo de permanência das pessoas no local é encurtado. Também a APAE de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, se utiliza do animal terapeuta em seu estabelecimento, podendo ser até o próprio bichinho do paciente.

Na Inglaterra, desde os anos 30, pesquisadores descobriram que os idosos que levavam para o asilo seus animais se interagiam muito mais rapidamente do que aqueles que não levavam. Em penitenciárias nos Estados Unidos, cães e gatos estão ajudando a recuperar a sensibilidade dos detentos melhorando, assim, o clima interno, pois a presença dos bichos alivia a raiva e tira o estresse dos condenados.

Os animais indicados para serem terapeutas precisam ser tranquilos e dóceis, para que o contato com os pacientes seja o mais próximo possível. Os mais indicados são os cães e os cavalos, mas, também, os gatos, jabutis, peixes, coelhos e aves podem ser animais terapeutas, inclusive, o próprio animal do paciente pode ajudá-lo em sua casa, com a supervisão do profissional especializado em TAA.

A saúde do animal também é monitorada por médico veterinário, para o bem do paciente e dele mesmo, inclusive existe a preocupação com a qualidade de vida do animal que deve ser tratado com muito carinho e respeito.

Quanto aos pacientes, qualquer um pode ser beneficiado com a terapia, desde que não tenha medo de animais, alergia ou problemas respiratórios, e que exista a empatia com o animal.

Podemos citar alguns exemplos de terapia assistida com animais como, a utilização de cavalos para reabilitar pacientes com esclerose múltipla, paralisia cerebral e síndrome de down, trabalhando o equilíbrio e a concentração desses pacientes, o uso de golfinhos e cães, para trazer crianças autistas para a realidade e ajudar as pessoas depressivas a recuperar a alegria de viver. Também a ONG “Cão Terapeuta”, criada em São Paulo no ano de 2008, e que conta atualmente com 54 cães, tem como objetivo ajudar na melhora de crianças, idosos e pessoas debilitadas ou com necessidades especiais.

Conclui-se que são muitos os benefícios terapêuticos trazidos pelos animais para nossa saúde física e mental, daí a importância de tê-los como parceiros em nossa caminhada terrena, sendo assegurado aos mesmos o DIREITO UNIVERSAL de não serem maltratados de forma alguma.

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário