Sono e obesidade
25 de Abril de 2015, por Rômulo Costa 0
É notório que a falta de sono gera diversos prejuízos à nossa saúde: dores de cabeça, mau humor, algumas doenças crônicas, como as cardiovasculares, distúrbios no metabolismo e até mesmo câncer. Todos esses problemas podem surgir se noites de sono mal dormidas se tornarem hábito em nossa vida. E se somarmos a tudo isso uma vida sedentária, sem a prática regular de atividade física e maus hábitos alimentares, todo o processo pode se tornar ainda mais prejudicial, pois o ganho de peso pode ser acelerado.
Várias pesquisas têm demonstrado que a média de duração do sono da população mundial vem diminuindo todos os anos, principalmente em países industrializados, que têm sua economia em constante crescimento. As pessoas estão cada vez mais preocupadas em produzir, cumprir metas das empresas em que trabalham e obter ganhos financeiros e, com isso, noites de sono são deixadas de lado, acarretando sérios prejuízos à saúde. Isso tem deixado de ser uma preocupação apenas pessoal e vem se tornando uma questão de saúde pública, pois ao descansarem melhor, consequentemente teremos uma população mais ativa e produtiva por um período de tempo maior.
A importância do sono vai muito além de ser apenas um momento de descanso. É durante o sono que todos os nossos hormônios que contribuem para o crescimento e funções normais do nosso metabolismo estão atuando. Estudos mostram que pessoas que dormem menos têm tendência ao aumento da fome e do apetite. Nesse caso, a procura pelos alimentos não é nada saudável, pois geralmente leva a um aumento do consumo de produtos industrializados e processados. Afinal, temos que ser realistas e levar em consideração que poucas pessoas que ficam acordadas durante a noite irão pensar em comer uma salada de alface e tomate. Comece a reparar isso em você mesmo ou nos outros e tire as suas próprias conclusões.
Estudos científicos constatam que ao logo dos anos há uma tendência de diminuição das nossas horas de sono por noite. Muitas pessoas ainda têm dúvidas em relação a quanto tempo deve-se dormir por noite para que possam desfrutar dos benefícios do sono. Ainda não exite uma resposta exata para isso, pelo senso comum poderíamos estipular 8 horas, o que não quer dizer que alguém possa se sentir muito bem dormindo menos ou mais. Portanto, há uma individualidade que deve ser respeitada. Cada organismo tem reações determinadas a determinados estímulos e o mais sensato seria descobrir com quanto tempo de sono nos sentimos bem.
Para que as noites de sono possam ser ainda melhores recomenda-se antes de dormir, refeições mais leves e nutritivas. Devemos deixar de lado alimentos muito gordurosos e açucarados. Afinal, nós estaremos em total repouso, não necessitando de grandes quantidades de alimentos para satisfazer as nossas necessidades durante a noite. Sei quanto é difícil colocar essa disciplina em prática, no entanto, tente fazer pequenas mudanças na sua alimentação diária e procure praticar alguma atividade física em que se sinta bem. Com certeza, efeitos benéficos para o seu sono e para a sua qualidade de vida irão surgir.
Procure um profissional capacitado, no intuito de uma orientação específica para atingir seus objetivos.
Obesidade e suas causas
16 de Marco de 2015, por Rômulo Costa 0
Atualmente, convivemos dia após dia com uma das maiores epidemias que atingem a humanidade: a obesidade. Uma pesquisa feita por um instituto renomado no exterior constatou que no mundo todo existem 2,1 bilhões de pessoas obesas. Em nosso país, de acordo com dados de 2013 do Ministério da Saúde, mais de 50% da população (100 milhões de pessoas) com mais de 18 anos e 30% das crianças (60 milhões de crianças) estão acima do peso adequado.
O ganho de peso pode decorrer de diversos problemas que muitas pessoas desconhecem e que, se controlados, podem contribuir para uma melhora da saúde, disposição e qualidade de vida. Vários são os fatores que contribuem para o ganho de peso em muitas pessoas, tais como: ansiedade, compulsão alimentar, genética, maus hábitos e falta de atividades físicas.
A ansiedade decorre de fatores emocionais que fogem do nosso controle. Muitas vezes, a saudade de um ente querido ou a espera ansiosa por alguma coisa podem nos fazer comer algo que o nosso corpo não necessita. O alimento consegue despertar sensações que nos fazem sentir mais tranquilos com a situação que está sendo enfrentada. Quando menos percebemos estamos fazendo disso uma rotina diária.
Pessoas relaxadas com a alimentação tendem a ter compulsão alimentar constantemente. Isso ocorre principalmente quando consumimos alimentos ricos em gorduras e açúcares. Estes alimentos estimulam liberações de hormônios pelo nosso cérebro, proporcionando-nos total sensação de prazer e bem-estar. Com essa sensação prazerosa, somos induzidos a comer desenfreadamente, enquanto houver alimento. Quem nunca passou por isso diante de uma barra de chocolate?
Sabemos da biologia que os genes tendem a ser passados dos progenitores para seus filhos. É aí que a genética influencia ou não na obesidade. Por conseguinte, as chances de uma criança com pais obesos também ser obesa cresce consideravelmente, podendo chegar a 80% de acordo com cientistas. E quando só um dos pais é obeso, a probabilidade é de 50%. Quando isso ocorre, é de suma importância que toda a família seja inserida em um plano alimentar elaborado, de acordo com as condições em que a família consiga se manter nele.
Se não bastassem estas causas, podemos destacar também a junção de maus hábitos com o sedentarismo. O cigarro, bebidas alcoólicas e o desleixo com alimentação e a falta de atividades física são fatores de destaque para que os sintomas da obesidade apareçam com mais frequência. A partir da obesidade, surgem diversas doenças crônicas não-degenerativas e ainda as complicações que elas nos trazem.
É muito importante ficarmos atentos se alguns destes comportamentos fazem parte do nosso dia a dia. Se constatado, o tratamento com o nutricionista, com o médico e até mesmo com um psicólogo se faz necessário.
Devemos ter em mente que para evitar o ganho de peso e os problemas que isso nos traz, não há milagre ou uma pílula mágica. O que podemos fazer é cuidar um pouco mais da nossa alimentação e praticar atividades físicas diariamente. Para isso, o acompanhamento com um nutricionista e com um educador físico seria eficaz. Isso faz com que tudo seja individualizado, de acordo com as necessidades e as limitações de cada pessoa, pois uma coisa que é boa para mim, pode não ser boa para você, podendo até piorar seu quadro de saúde atual. Cuide-se!
Reeducação alimentar na prática
13 de Janeiro de 2015, por Rômulo Costa 0
Ao falarmos em reeducação alimentar, nos vem à mente algum objetivo específico. Seja qual for ele, não devemos nos preocupar muito com o tempo para alcançá-lo. Pois isso pode desencadear uma série de manifestações emocionais que nos faz sabotar o planejamento e retardar todo o processo. O recomendável para quando se objetiva uma mudança mais eficiente na alimentação seria procurar a ajuda de um nutricionista, pois somente ele poderá adequar um plano individual, visto que uma recomendação pode ser ideal para uma pessoa e não será para outra. No entanto, nem todos possuem uma condição financeira favorável para isso. Diante disso, irei pontuar algumas dicas práticas e fáceis para inserirmos em nosso cotidiano, com o objetivo de melhorarmos a nossa saúde e a qualidade de vida.
De início, é bom ter em mente que não precisamos excluir algum tipo de alimento do nosso dia a dia, mas sim manter um equilíbrio de tudo o que se consome. Deve-se manter o devido controle na ingestão de alimentos industrializados, pois eles são um dos principais vilões para a nossa saúde. É viável deixar para comer alimentos não muito saudáveis em ocasiões especiais, não fazendo com que isso vire uma rotina indesejável na nossa vida.
Falando um pouco na prática, experimente se alimentar em pequenas refeições, de 3 em 3 horas e beba bastante água (entre 2 e 3 litros por dia), pois isso manterá o corpo hidratado e seu metabolismo mais acelerado. Dê preferência para alimentos realmente saudáveis. Corte alimentos muito adocicados e gordurosos, troque o pão francês pelo pão integral, o arroz branco pelo integral, acrescente aveia e outros grãos integrais (linhaça, chia, amaranto etc.) no seu café da manhã. Mantenha o controle na ingestão de bebidas adocicadas (refrigerantes e sucos) e álcool.
Escolha cortes de carnes magras (peito de frango, músculo, patinho, chã de dentro, alcatra, peixes, aves etc.). Introduza ovos na sua alimentação, de preferência no café da manhã. O ovo é considerado um dos alimentos mais completos do mundo, com alto teor de proteínas, vitaminas e minerais. Tudo isso, juntamente com alguma atividade física que lhe dê prazer, fará com que seus resultados sejam ainda melhores.
Uma mudança de hábitos não pode ter uma data para terminar, pois todo o sacrifício feito para mudar terá sido em vão e o peso perdido será recuperado novamente. As pessoas gostam muito de usar a palavra “regime alimentar”, mas regime é algo muito chato e monótono de se fazer. O correto mesmo seria colocar em prática uma reeducação alimentar que perdure por toda a vida, pois com certeza isso será mais eficiente em longo prazo.
Devemos parar de acreditar um pouco em tratamentos estéticos e nas “milagrosas” dietas da moda. Isso está longe de ser um processo eficaz de mudança de estilo de vida. Uma efetiva mudança no seu corpo e na sua saúde deve partir de dentro pra fora, educando a nossa boca e consequentemente o nosso estômago, fazendo com que nosso organismo trabalhe em condições favoráveis de funcionamento.
A escolha por hábitos saudáveis e prática de atividades físicas diárias são mecanismos que contribuem muito para que possamos ter mais disposição, saúde e qualidade de vida. Não espere oportunidades perfeitas para iniciar uma mudança na sua alimentação, pois elas não existem. Comece hoje com pequenas mudanças e veja os efeitos refletirem no dia a dia.
Aconselho às pessoas que possuírem disposição e objetivos mais específicos, um acompanhamento com um nutricionista gabaritado e de sua confiança, pois ele sim poderá lhe mostrar os caminhos mais seguros para sua mudança de estilo de vida.
Influências emocionais e a reeducação alimentar
19 de Dezembro de 2014, por Rômulo Costa 0
Poderíamos nos arriscar em dizer que os nossos hábitos alimentares são adquiridos antes mesmo de nascermos, pois são os nossos pais que constroem a nossa educação alimentar quando ainda somos crianças. Embora muitos pais tenham uma alimentação saudável, a criança pode ou não adquirir essa “herança”, pois, estamos susceptíveis a alguns fatores que podem influenciar nossos hábitos no decorrer da vida, sendo a publicidade e o nosso círculo social alguns determinantes na construção do nosso estilo de vida.
Um hábito, seja de qual natureza ele for, é muito difícil ser modificado, pois exige muito mais do que força de vontade para mudar. É preciso, antes de tudo, ter total controle sobre a sua mente, pois na maioria das vezes nossas escolhas alimentares são reflexos de distúrbios emocionais. Estamos sempre diante de uma vida estressada e ansiosa. O estresse e a ansiedade são alguns agravos que podem influenciar na escolha de alimentos em determinada hora do dia, fazendo-nos criar hábitos impróprios, involuntariamente.
Quando se tem em mente a mudança da rotina alimentar, como, por exemplo, comer um doce após o almoço, devemos parar e pensar um pouco se aquilo é realmente necessário para o nosso corpo ou se é apenas alguma manifestação das nossas emoções momentâneas. Se der vontade de comer um doce, vá fazer alguma atividade que você se sinta bem: atividade física, ler um livro, assistir TV, qualquer coisa que faça a vontade passar. Uma coisa que gosto de fazer é trocar o doce por alguma fruta, isso resolve bem a situação, sem contar que estamos ingerindo um alimento bastante nutritivo, com nutrientes (vitaminas e minerais) necessários ao nosso corpo.
De início, uma reeducação alimentar não pode ser feita com muitas restrições, uma vez que só dificultará o processo, tornando-o muito monótono e penoso de ser seguido. No entanto, há alguns casos específicos, em que o especialista detecta intolerância no paciente por determinados tipos de alimentos. Simples trocas de alimentos, a diminuição do que se come ou a introdução de verduras, legumes e frutas já poderão surtir algum efeito na sua saúde e na estética da pessoa.
Os hábitos saudáveis em conjunto com a prática de atividades físicas diárias são mecanismos que contribuem muito para que possamos ter mais disposição, saúde e qualidade de vida. Contudo, devemos lembrar de que o segredo de se viver bem, ou não, consiste basicamente nos reflexos dos nossos atos e no equilíbrio que buscamos em nossa vida. Lembre-se sempre de procurar um nutricionista qualificado antes de iniciar qualquer dieta ou reeducação alimentar, pois ele saberá adequar a alimentação de acordo com cada necessidade individual.
Desejo a todos um Feliz Natal e um excelente ano que se inicia. Vamos cuidar do bem mais precioso que temos na vida: a nossa saúde. Feito isso, poderemos celebrar vários momentos como esse que a vida nos propicia.